Escutas e documentos derrubam ministros poloneses
O presidente do parlamento e três ministros apresentaram pedido de renúncia após o vazamento de documentos sigilosos de investigação de escutas
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2015 às 16h44.
Varsóvia - O presidente do parlamento da Polônia e três ministros do país apresentaram pedido de renúncia nesta quarta-feira após o vazamento de documentos sigilosos da investigação aberta no ano passado em função de um escândalo de escutas telefônicas que revelou conversas entre diversos membros do governo sobre assuntos de grande importância da política interna.
A primeira-ministra polonesa, Ewa Kopacz, confirmou hoje a saída dos titulares das pastas de Fazenda, Esporte e Saúde, respectivamente Wlodzimierz Karpinski, Andrzej Biernat e Bartosz Arlukowicz, além da do presidente do parlamento e ex-ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski.
Kopacz pediu desculpas aos cidadãos pelo vazamento de documentos sigilosos e explicou que as renúncias pretendem restaurar a confiança dos eleitores no partido governante, o Plataforma Cívica, de centro-direita, que nas últimas pesquisas de intenção de voto para as eleições parlamentares caiu do primeiro para o terceiro lugar.
A esta onda de renúncias é preciso acrescentar, entre outras, a do chefe de assessores de Kopacz e ex-ministro da Fazenda, Jacek Rostowski, a do vice-ministro da Fazenda, Rafal Baniak, e a do responsável pelos Serviços Especiais, Jacek Cichocki.
Grande parte dos políticos que deixaram o governo, entre eles Rostowski e Sikorski, foram gravados clandestinamente em um restaurante de Varsóvia em 2014, e outros se consideram responsáveis pelo vazamento de parte da investigação.
Em uma dessas gravações, Sikorski, que na ocasião era chefe da diplomacia polonesa, dizia que a aliança entre seu país e os Estados Unidos "é inútil e até prejudicial, porque cria uma falsa sensação de segurança para a Polônia".
Em outra gravação, Bartlomiej Sienkiewicz dizia pretendia chegar a um acordo com o chefe do Banco Central da Polônia, Marek Belka, para estimular a economia antes das eleições gerais deste ano.
A primeira-ministra também questionou hoje a atuação do procurador-geral da Polônia no vazamento dos documentos e avaliou a necessidade de promover mudanças na instituição para avançar na investigação das gravações clandestinas a políticos.
Centenas de documentos sigilosos foram postados em uma rede social nas últimas horas, entre eles alguns arquivos que contêm dados pessoais, incluindo endereços, de membros do governo interrogados durante a investigação das escutas.
A procuradoria interrogou e acusou hoje formalmente por este vazamento o empresário Zbigniew Stonoga, dono de uma concessionária de automóveis e conhecido por gerenciar um blog de conteúdo político.
As gravações alvo da investigação foram divulgadas no ano passado depois que a revista "Wprost" publicou vários trechos, gerando uma polêmica no país que provocou uma moção de censura ao governo em julho de 2014.
Tanto os donos do restaurante onde as escutas foram feitas como os jornalistas da "Wprost" que publicaram trechos foram investigados pela procuradoria.
Ainda não se sabe como esses documentos sigilosos teriam chegado às mãos de Stonoga, que alega que os encontrou por acaso em servidores hospedados fora da Polônia.
Varsóvia - O presidente do parlamento da Polônia e três ministros do país apresentaram pedido de renúncia nesta quarta-feira após o vazamento de documentos sigilosos da investigação aberta no ano passado em função de um escândalo de escutas telefônicas que revelou conversas entre diversos membros do governo sobre assuntos de grande importância da política interna.
A primeira-ministra polonesa, Ewa Kopacz, confirmou hoje a saída dos titulares das pastas de Fazenda, Esporte e Saúde, respectivamente Wlodzimierz Karpinski, Andrzej Biernat e Bartosz Arlukowicz, além da do presidente do parlamento e ex-ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski.
Kopacz pediu desculpas aos cidadãos pelo vazamento de documentos sigilosos e explicou que as renúncias pretendem restaurar a confiança dos eleitores no partido governante, o Plataforma Cívica, de centro-direita, que nas últimas pesquisas de intenção de voto para as eleições parlamentares caiu do primeiro para o terceiro lugar.
A esta onda de renúncias é preciso acrescentar, entre outras, a do chefe de assessores de Kopacz e ex-ministro da Fazenda, Jacek Rostowski, a do vice-ministro da Fazenda, Rafal Baniak, e a do responsável pelos Serviços Especiais, Jacek Cichocki.
Grande parte dos políticos que deixaram o governo, entre eles Rostowski e Sikorski, foram gravados clandestinamente em um restaurante de Varsóvia em 2014, e outros se consideram responsáveis pelo vazamento de parte da investigação.
Em uma dessas gravações, Sikorski, que na ocasião era chefe da diplomacia polonesa, dizia que a aliança entre seu país e os Estados Unidos "é inútil e até prejudicial, porque cria uma falsa sensação de segurança para a Polônia".
Em outra gravação, Bartlomiej Sienkiewicz dizia pretendia chegar a um acordo com o chefe do Banco Central da Polônia, Marek Belka, para estimular a economia antes das eleições gerais deste ano.
A primeira-ministra também questionou hoje a atuação do procurador-geral da Polônia no vazamento dos documentos e avaliou a necessidade de promover mudanças na instituição para avançar na investigação das gravações clandestinas a políticos.
Centenas de documentos sigilosos foram postados em uma rede social nas últimas horas, entre eles alguns arquivos que contêm dados pessoais, incluindo endereços, de membros do governo interrogados durante a investigação das escutas.
A procuradoria interrogou e acusou hoje formalmente por este vazamento o empresário Zbigniew Stonoga, dono de uma concessionária de automóveis e conhecido por gerenciar um blog de conteúdo político.
As gravações alvo da investigação foram divulgadas no ano passado depois que a revista "Wprost" publicou vários trechos, gerando uma polêmica no país que provocou uma moção de censura ao governo em julho de 2014.
Tanto os donos do restaurante onde as escutas foram feitas como os jornalistas da "Wprost" que publicaram trechos foram investigados pela procuradoria.
Ainda não se sabe como esses documentos sigilosos teriam chegado às mãos de Stonoga, que alega que os encontrou por acaso em servidores hospedados fora da Polônia.