Menstruação: escolas, faculdades e universidades também devem disponibilizar produtos em seus banheiros (iStock/Thinkstock)
AFP
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 18h27.
Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 18h35.
A Escócia votou nesta terça-feira, 24, para oferecer produtos menstruais gratuitos de forma universal, tornando-se o primeiro país do mundo a tomar esta iniciativa.
O Parlamento escocês votou de forma unânime a favor de um projeto de lei que estabelece o direito de acesso a absorventes internos e externos de graça.
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, comemorou a decisão.
"Tenho orgulho de votar por esta lei inovadora, que torna a Escócia o primeiro país do mundo a fornecer produtos menstruais gratuitos para todas as pessoas necessitadas", disse. "Uma política importante para mulheres e meninas", acrescentou.
"Todos concordamos que ninguém deve se preocupar com seus próximos absorventes ou proteções reutilizáveis", declarou no Parlamento a deputada trabalhista escocesa Monica Lennon, que propôs o texto.
Absorventes internos e externos são gratuitos para alunas do ensino médio e universitárias na Escócia, mas o projeto agora impõe aos ministros a obrigação de estabelecer um plano em nível nacional para garantir o acesso universal.
Escolas, faculdades e universidades também devem disponibilizar uma variedade de produtos para menstruação em seus banheiros. O governo escocês pode obrigar os órgãos públicos a fornecer esses produtos gratuitamente.
Aileen Campbell, secretária para comunidades e governo local, disse que a lei envia uma "mensagem importante sobre o tipo de país que a Escócia quer ser".
"É uma Escócia [...] onde ninguém tem de passar pela indignidade de usar material inadequado para esconder o período ou esticar ainda mais o orçamento familiar para comprar produtos para suas filhas [...] uma Escócia onde ninguém tem de esconder um tampão na manga ", declarou.
O custo da medida é estimado em cerca de 11 milhões de euros (13 milhões de dólares) por ano.