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Esboço de documento enfatiza riscos do aquecimento global

Aquecimento global representa uma ameaça cada vez maior ao crescimento econômico, saúde, lavouras e suprimento de água, de acordo com o esboço de relatório

Poluição: relatório feito por cientistas renomados menciona "risco" 139 vezes, enquanto na avaliação anterior, de 2007, a palavra aparecia apenas 41 vezes (David McNew/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 13h59.

Oslo - O aquecimento global representa uma ameaça cada vez maior ao crescimento econômico, saúde , lavouras e suprimento de água, de acordo com o esboço de um relatório elaborado por destacados cientistas, que dá ênfase sem precedente aos riscos das mudanças climáticas.

O relatório de 29 páginas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) sobre os impactos do aumento das temperaturas, que tem divulgação prevista para março de 2014, menciona "risco" 139 vezes, enquanto na avaliação anterior, de 2007, a palavra aparecia apenas 41 vezes.

O maior destaque aos riscos pode fazer com que a importância do corte de emissões de gases do efeito estufa fique mais clara, tanto para governantes como para a população, ao mostrar que se trata de uma política de segurança para o planeta, disseram analistas.

Muitos governos, prestes a se reunir em Varsóvia de 11 a 22 de novembro para conversações da ONU sobre mudanças climáticas, há muito tempo demandam maior certeza científica antes de efetuar investimentos de bilhões de dólares em várias áreas, desde barreiras para contenção de enchentes a energias renováveis.

Mas a certeza é ilusória na ciência climática, como na previsão de qualquer coisa, desde o tempo até o futuro das ações em Wall Street.

"O IPCC fez a transição para o que eu considero ser o reconhecimento completo e rico de que o problema das mudanças climáticas é uma questão de gerenciamento de risco", disse à Reuters Christopher Field, copresidente do grupo do IPCC que está elaborando o relatório.


O documento, que vazou em 1º de novembro no site sobre meio ambiente "nofrakkingconsensus", se assemelha a um projeto anterior, que advertia que partes da sociedade e da natureza são mais vulneráveis ​​do que o previsto no caso de mudanças climáticas.

Incertezas

Professor da Universidade de Stanford, Field também disse que há mais certezas sobre muitos aspectos da mudança climática do que havia em 2007. Ele enfatizou ainda que o esboço do relatório sofreu alterações.

O texto diz, por exemplo, que um aumento de temperatura de mais de 2,5 graus Celsius acima do registrado na época pré-industrial pode levar a perdas econômicas de entre 0,2 e 2,0 por cento do rendimento global.

Segundo o esboço do relatório, o aquecimento irá agravar as ameaças à saúde, prejudicar a produtividade das principais culturas em muitas áreas e provocar mais inundações. As mudanças também poderiam exacerbar a pobreza e desigualdades econômicas que geram conflitos violentos no mundo.

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Oslo - O aquecimento global representa uma ameaça cada vez maior ao crescimento econômico, saúde , lavouras e suprimento de água, de acordo com o esboço de um relatório elaborado por destacados cientistas, que dá ênfase sem precedente aos riscos das mudanças climáticas.

O relatório de 29 páginas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) sobre os impactos do aumento das temperaturas, que tem divulgação prevista para março de 2014, menciona "risco" 139 vezes, enquanto na avaliação anterior, de 2007, a palavra aparecia apenas 41 vezes.

O maior destaque aos riscos pode fazer com que a importância do corte de emissões de gases do efeito estufa fique mais clara, tanto para governantes como para a população, ao mostrar que se trata de uma política de segurança para o planeta, disseram analistas.

Muitos governos, prestes a se reunir em Varsóvia de 11 a 22 de novembro para conversações da ONU sobre mudanças climáticas, há muito tempo demandam maior certeza científica antes de efetuar investimentos de bilhões de dólares em várias áreas, desde barreiras para contenção de enchentes a energias renováveis.

Mas a certeza é ilusória na ciência climática, como na previsão de qualquer coisa, desde o tempo até o futuro das ações em Wall Street.

"O IPCC fez a transição para o que eu considero ser o reconhecimento completo e rico de que o problema das mudanças climáticas é uma questão de gerenciamento de risco", disse à Reuters Christopher Field, copresidente do grupo do IPCC que está elaborando o relatório.


O documento, que vazou em 1º de novembro no site sobre meio ambiente "nofrakkingconsensus", se assemelha a um projeto anterior, que advertia que partes da sociedade e da natureza são mais vulneráveis ​​do que o previsto no caso de mudanças climáticas.

Incertezas

Professor da Universidade de Stanford, Field também disse que há mais certezas sobre muitos aspectos da mudança climática do que havia em 2007. Ele enfatizou ainda que o esboço do relatório sofreu alterações.

O texto diz, por exemplo, que um aumento de temperatura de mais de 2,5 graus Celsius acima do registrado na época pré-industrial pode levar a perdas econômicas de entre 0,2 e 2,0 por cento do rendimento global.

Segundo o esboço do relatório, o aquecimento irá agravar as ameaças à saúde, prejudicar a produtividade das principais culturas em muitas áreas e provocar mais inundações. As mudanças também poderiam exacerbar a pobreza e desigualdades econômicas que geram conflitos violentos no mundo.

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