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Era Rajoy começa após posse de ministros

Governo espanhol é formado principalmente por veteranos dirigentes do Partido Popular (PP), com sólidas trajetórias políticas e técnicas

Rajoy disse em uma conversa informal com jornalistas que tentou formar um governo de pessoas competentes (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

Rajoy disse em uma conversa informal com jornalistas que tentou formar um governo de pessoas competentes (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2011 às 14h42.

Madri - Os 13 ministros - nove homens e quatro mulheres - que integram o primeiro governo de Mariano Rajoy na Espanha tomaram posse nesta quinta-feira após jurar seus cargos diante do chefe de Estado do país, o rei Juan Carlos.

O evento marcou o início da era Rajoy na Espanha, com um governo formado principalmente por veteranos dirigentes do Partido Popular (PP), com sólidas trajetórias políticas e técnicas. O próprio Rajoy disse nesta quinta-feira em uma conversa informal com jornalistas que tentou formar um governo de pessoas competentes.

Todos os ministros juraram seus cargos diante de exemplares da Bíblia e da Constituição, na presença dos reis Juan Carlos I e Sofía, assim como fez Rajoy na quarta-feira.

A 'número 2' do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, que acumula os cargos de vice-presidente, ministra da Presidência e porta-voz, destacou em sua posse o trabalho que fará de 'coordenação do governo', empregando 'todas as forças para criar emprego'.

Soraya também disse que assumiu essa responsabilidade decidida a exercê-la com 'esforço, trabalho, perseverança e humildade', e que manterá o diálogo com todas as forças políticas.

O novo ministro da Economia, Luis de Guindos, se mostrou confiante de que a Espanha voltará aos níveis de crescimento, de geração de emprego e d e prosperidade que tinha antes da crise. Guindos destacou também que o país atingirá 'um crescimento suficiente para gerar emprego' e que esse é 'o objetivo número um do governo'.

Cristóbal Montoro, o novo ministro da Fazenda, o outro alicerce que sustentará a nova política econômica, ressaltou que trabalhará para tirar a Espanha da crise em breve, não com cortes, mas com reformas.

Já o novo responsável da política externa espanhola, José Manuel García-Margallo, antecipou que a União Europeia (UE) e a região ibero-americana serão as duas grandes prioridades de seu Ministério.


Como terceiro eixo, o novo ministro das Relações Exteriores fez menção às relações da Espanha com os Estados Unidos, país com o qual a Espanha divide 'valores e princípios'.

Já com a América Latina, a Espanha tem em comum, além da língua, 'valores' e 'uma forma de entender a vida', sendo também o 'segundo investidor do mundo' nessa região, enfatizou García-Margallo ao tomar posse do cargo.

O novo ministro, que substitui a socialista Trinidad Jiménez, afirmou que trabalhará para aumentar a participação da Espanha no mundo, contribuir com a recuperação econômica e a criação de emprego.

García-Margallo, que foi eurodeputado durante os últimos 17 anos nos quais acompanhou de perto todas as transformações da UE, inclusive a criação do euro, destacou a necessidade de solucionar 'os problemas da Europa' e 'estabilizar os mercados para acabar com a pressão sobre a dívida pública'.

Alvo do interesse do novo Executivo espanhol, a região ibero-americana voltará a ter uma Secretaria de Estado própria no governo espanhol, depois de ter atuado em conjunto com a de Relações Exteriores na última fase do mandato de José Luis Rodríguez Zapatero.

Na sexta-feira, o novo Executivo realizará seu primeiro Conselho de Ministros, no qual poderão ser nomeados os secretários de Estado e outros funcionários de alto escalão.

As primeiras medidas serão decididas em 30 de dezembro na segunda reunião do Conselho de Ministros da era Rajoy, marcada já em seu início pela urgente necessidade de conter a crise e criar emprego em um país com quase 5 milhões de desempregados. 

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