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Equador vive dia de protestos contra o presidente

Sindicatos, indígenas e políticos de direita organizaram um dia de paralisação para protestar contra as políticas e governo de Correa

O presidente do Equador, Rafael Correa: pelo twitter, o presidente chamou a greve de fracasso e pediu a setores que o apoiam que mostrem indignação (Roberto Sanchez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 14h49.

O Equador vivia nesta quinta-feira um dia de protestos, com o bloqueio de várias vias para a realização de manifestações contra o governo de esquerda de Rafael Correa , que chamou de fracasso a greve convocada pelas forças indígenas e sindicais de oposição.

Os serviços de transporte, educação, saúde e justiça funcionavam normalmente nas principais cidade do país.

No entanto, várias vias em seis das 24 províncias se encontram bloqueadas por manifestantes indígenas, segundo os serviços integrados de segurança ECU-911.

"Total normalidade nas principais cidades. Lamentavelmente, o velho país, utilizando indígenas, bloquearam algumas estradas", afirmou Correa em seu Twitter.

O presidente acrescentou que, "ante o fracasso da greve", seus adversários recorreram ao fechamento de ruas e pediu aos funcionários dos transportes - um setor aliado ao governo - que mostre sua indignação.

A polícia, que apenas em Quito mobilizou 5.000 efetivos para acompanhar as manifestações organizadas para o final do dia, não informou por ora sobre confrontos com os indígenas que interrompem o trânsito, incluindo a rodovia Panamericana que faz ligação com o Peru.

Sindicatos, indígenas, políticos de direita e outros grupos sociais organizaram um dia de paralisação para protestar contra as políticas e o estilo de governo de Correa, considerado autoritário.

As reclamações são de todos os aspectos, mas confluem para a retirada de um pacote de emendas constitucionais que tramita no Congresso dominado pelo oficialismo.

Entre as emendas, está uma que permitirá a Correa, no poder desde 2007, a apresentar-se a um novo mandato nas eleições de 2017.

"Para nós, Correa está caído, já não nos representa", afirmou Carlos Pérez, um dirigente dos setores indígenas opostos ao governo.

Os grupos de quéchuas e os saraguros partiram em 2 de agosto do sul do país com direção à capital para participar do protesto.

"Rafael Correa ofendeu o povo indígena", afirmam muitos ex-seguidores do presidente, que, segundo eles, dividiu o movimento indígena com oferecimentos a alguns de seus líderes e críticas ferozes àqueles que não se dobraram a ele.

Correa, que conta com o apoio de um número importante de indígenas, tem se referido a seus opositores da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) como "aliados da direita" e "ponchos dourados (da elite)".

"Votei pela primeira vez em Correa pensando que o discurso era autêntico. Depois, nos demos conta de que roubou o discurso do movimento indígena para depois ir contra ele", disse à AFP Luis Sarango, indígena que marchou de Loja (sul, na fronteira com o Peru) até Quito, que rejeita a "atitude prepotente do presidente".

O presidente, que aprendeu o quéchua na juventude, convivendo com aborígenes no centro do Equador, vem colhendo adversários indígenas com seus projetos de exploração petroleira e mineradora, aos quais se opõem várias comunidades, alegando um grave impacto ambiental.

A Conaie quer aproveitar o mau momento do presidente para ressurgir como força opositora.

Alvo há dois meses de protestos que exigem que deixe o poder e pela queda dos preços do petróleo, que afeta as expectativas econômicas, o presidente admitiu nos últimos dias que enfrenta uma "difícil crise política" que minguou sua popularidade.

Os indígenas não estão sozinhos em sua campanha. Sindicatos, grupos de estudantes e políticos de direita se organizam para aquela que esperam ser a primeira grande greve contra Correa em oito anos de governo.

A situação, por sua vez, acredita que esta nova tentativa da oposição de se reorganizar será um fracasso.

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O Equador vivia nesta quinta-feira um dia de protestos, com o bloqueio de várias vias para a realização de manifestações contra o governo de esquerda de Rafael Correa , que chamou de fracasso a greve convocada pelas forças indígenas e sindicais de oposição.

Os serviços de transporte, educação, saúde e justiça funcionavam normalmente nas principais cidade do país.

No entanto, várias vias em seis das 24 províncias se encontram bloqueadas por manifestantes indígenas, segundo os serviços integrados de segurança ECU-911.

"Total normalidade nas principais cidades. Lamentavelmente, o velho país, utilizando indígenas, bloquearam algumas estradas", afirmou Correa em seu Twitter.

O presidente acrescentou que, "ante o fracasso da greve", seus adversários recorreram ao fechamento de ruas e pediu aos funcionários dos transportes - um setor aliado ao governo - que mostre sua indignação.

A polícia, que apenas em Quito mobilizou 5.000 efetivos para acompanhar as manifestações organizadas para o final do dia, não informou por ora sobre confrontos com os indígenas que interrompem o trânsito, incluindo a rodovia Panamericana que faz ligação com o Peru.

Sindicatos, indígenas, políticos de direita e outros grupos sociais organizaram um dia de paralisação para protestar contra as políticas e o estilo de governo de Correa, considerado autoritário.

As reclamações são de todos os aspectos, mas confluem para a retirada de um pacote de emendas constitucionais que tramita no Congresso dominado pelo oficialismo.

Entre as emendas, está uma que permitirá a Correa, no poder desde 2007, a apresentar-se a um novo mandato nas eleições de 2017.

"Para nós, Correa está caído, já não nos representa", afirmou Carlos Pérez, um dirigente dos setores indígenas opostos ao governo.

Os grupos de quéchuas e os saraguros partiram em 2 de agosto do sul do país com direção à capital para participar do protesto.

"Rafael Correa ofendeu o povo indígena", afirmam muitos ex-seguidores do presidente, que, segundo eles, dividiu o movimento indígena com oferecimentos a alguns de seus líderes e críticas ferozes àqueles que não se dobraram a ele.

Correa, que conta com o apoio de um número importante de indígenas, tem se referido a seus opositores da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) como "aliados da direita" e "ponchos dourados (da elite)".

"Votei pela primeira vez em Correa pensando que o discurso era autêntico. Depois, nos demos conta de que roubou o discurso do movimento indígena para depois ir contra ele", disse à AFP Luis Sarango, indígena que marchou de Loja (sul, na fronteira com o Peru) até Quito, que rejeita a "atitude prepotente do presidente".

O presidente, que aprendeu o quéchua na juventude, convivendo com aborígenes no centro do Equador, vem colhendo adversários indígenas com seus projetos de exploração petroleira e mineradora, aos quais se opõem várias comunidades, alegando um grave impacto ambiental.

A Conaie quer aproveitar o mau momento do presidente para ressurgir como força opositora.

Alvo há dois meses de protestos que exigem que deixe o poder e pela queda dos preços do petróleo, que afeta as expectativas econômicas, o presidente admitiu nos últimos dias que enfrenta uma "difícil crise política" que minguou sua popularidade.

Os indígenas não estão sozinhos em sua campanha. Sindicatos, grupos de estudantes e políticos de direita se organizam para aquela que esperam ser a primeira grande greve contra Correa em oito anos de governo.

A situação, por sua vez, acredita que esta nova tentativa da oposição de se reorganizar será um fracasso.

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