Equador espera poder tratar do caso Assange com Londres
Diplomata disse que ex-hacker, refugiado na embaixada equatoriana na capital britânica desde junho, e funcionários da delegação diplomática se acostumaram a viver juntos
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 20h40.
Quito - O Equador espera se reunir com o Reino Unido para tratar do futuro do fundador do Wikileaks, Julian Assange , depois da reeleição de Rafael Correa como presidente, o que dá continuidade ao governo, afirmou nesta quinta-feira a embaixadora em Londres, Ana Albán.
A diplomata disse à Agência Efe que o ex-hacker, refugiado na embaixada equatoriana na capital britânica desde junho, e os funcionários da delegação diplomática "se acostumaram a viver juntos" e afirmou que Assange está bem de saúde.
"Nós tivemos o cuidado de realizar exames periódicos para saber como ele está. Até o momento não houve nenhum problema, ele pratica exercícios", disse.
Assange se refugiou na embaixada para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. O ativista afirma que é objeto de uma perseguição política por ter divulgado documentos confidenciais dos Estados Unidos no Wikileaks.
Ana disse que o australiano e a embaixada respeitam seus espaços e horários.
"Há uma atividade na embaixada e ele tem a dele, recebe gente, tem colaboradores que trabalham permanentemente próximos dele", acrescentou.
"Ele realiza suas atividades depois das 17h30, quando a embaixada já não atende tanto ao público", acrescentou.
Em declarações para um grupo de jornalistas, a embaixadora enfatizou que nunca foram interrompidas as conversas entre Reino Unido e Equador, mas que as posturas de cada uma das partes "continuam parecidas nos últimos meses".
"Eu acho que agora que o governo (do Equador) ficará por mais tempo, nos sentaremos novamente para conversar em breve", disse a embaixadora, em referência à reeleição de Correa como presidente no último domingo.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, felicitou Correa na segunda-feira por sua vitória eleitoral e afirmou que confia em uma saída diplomática para o caso de Assange.
Hague reafirmou que o objetivo do governo britânico é chegar a uma solução que garanta sua extradição à Suécia.
Assange teme que, caso seja entregue à Suécia, Estocolmo o extradite aos Estados Unidos, onde poderia ser condenado à pena de morte ou prisão perpétua por divulgar segredos de Estado.
O fundador do Wikileaks anunciou que se apresentará como candidato ao Senado na Austrália pelo "Partido Australiano Wikileaks".
Assange acredita que se conseguir uma cadeira nas eleições do próximo mês de setembro, poderá se livrar das acusações apresentadas contra si, pois, segundo sua opinião, os EUA evitariam um conflito diplomático internacional.
Ana Albán se queixou hoje que até agora o governo da Austrália não se envolveu no caso.
"Deus queira que, caso seja candidato e ganhe, o governo australiano tome as medidas necessárias para garantir a segurança de seu cidadão", declarou a diplomata.
Enquanto isso, Quito e Londres enfrentam "uma realidade" que ainda querem solucionar bilateralmente, explicou a embaixadora.
Quito - O Equador espera se reunir com o Reino Unido para tratar do futuro do fundador do Wikileaks, Julian Assange , depois da reeleição de Rafael Correa como presidente, o que dá continuidade ao governo, afirmou nesta quinta-feira a embaixadora em Londres, Ana Albán.
A diplomata disse à Agência Efe que o ex-hacker, refugiado na embaixada equatoriana na capital britânica desde junho, e os funcionários da delegação diplomática "se acostumaram a viver juntos" e afirmou que Assange está bem de saúde.
"Nós tivemos o cuidado de realizar exames periódicos para saber como ele está. Até o momento não houve nenhum problema, ele pratica exercícios", disse.
Assange se refugiou na embaixada para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. O ativista afirma que é objeto de uma perseguição política por ter divulgado documentos confidenciais dos Estados Unidos no Wikileaks.
Ana disse que o australiano e a embaixada respeitam seus espaços e horários.
"Há uma atividade na embaixada e ele tem a dele, recebe gente, tem colaboradores que trabalham permanentemente próximos dele", acrescentou.
"Ele realiza suas atividades depois das 17h30, quando a embaixada já não atende tanto ao público", acrescentou.
Em declarações para um grupo de jornalistas, a embaixadora enfatizou que nunca foram interrompidas as conversas entre Reino Unido e Equador, mas que as posturas de cada uma das partes "continuam parecidas nos últimos meses".
"Eu acho que agora que o governo (do Equador) ficará por mais tempo, nos sentaremos novamente para conversar em breve", disse a embaixadora, em referência à reeleição de Correa como presidente no último domingo.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, felicitou Correa na segunda-feira por sua vitória eleitoral e afirmou que confia em uma saída diplomática para o caso de Assange.
Hague reafirmou que o objetivo do governo britânico é chegar a uma solução que garanta sua extradição à Suécia.
Assange teme que, caso seja entregue à Suécia, Estocolmo o extradite aos Estados Unidos, onde poderia ser condenado à pena de morte ou prisão perpétua por divulgar segredos de Estado.
O fundador do Wikileaks anunciou que se apresentará como candidato ao Senado na Austrália pelo "Partido Australiano Wikileaks".
Assange acredita que se conseguir uma cadeira nas eleições do próximo mês de setembro, poderá se livrar das acusações apresentadas contra si, pois, segundo sua opinião, os EUA evitariam um conflito diplomático internacional.
Ana Albán se queixou hoje que até agora o governo da Austrália não se envolveu no caso.
"Deus queira que, caso seja candidato e ganhe, o governo australiano tome as medidas necessárias para garantir a segurança de seu cidadão", declarou a diplomata.
Enquanto isso, Quito e Londres enfrentam "uma realidade" que ainda querem solucionar bilateralmente, explicou a embaixadora.