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Equador diz que falta de salvo-conduto mina saúde de Assange

Assange se refugiou na legação equatoriana no último dia 19 de junho para evitar sua extradição à Suécia, onde é suspeito de delitos sexuais


	Julian Assange, fundador do WikiLeaks: Assange assegura que, se for extraditado à Suécia, será entregue às autoridades americanas
 (Olivia Harris/Reuters)

Julian Assange, fundador do WikiLeaks: Assange assegura que, se for extraditado à Suécia, será entregue às autoridades americanas (Olivia Harris/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 20h42.

Quito - O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, disse nesta quarta-feira que a falta de um salvo-conduto que permita ao fundador do site Wikileaks, Julian Assange, abandonar a embaixada equatoriana em Londres está minando sua saúde.

"É absolutamente natural que a saúde de uma pessoa seja afetada se não pode sair de um escritório durante muito tempo", disse Patiño à "Radio La Ciudadana", uma emissora da presidência do Equador.

Assange se refugiou na legação equatoriana no último dia 19 de junho para evitar sua extradição à Suécia, onde é suspeito de delitos sexuais.

Patiño disse desconhecer os detalhes de sua situação de saúde, mas mencionou a possibilidade que sofra problemas de visão, e revelou que tratou o tema com seu colega do Reino Unido, William Hague, durante um encontro em setembro em Nova York.

"Perguntei a ele o que aconteceria se em algum momento Julian Assange tivesse uma crise de saúde. Eu vou retirá-lo de lá para levá-lo a um hospital e vocês irão prendê-lo quando ele colocar um pé fora da embaixada?", contou.

Enquanto isso, em declarações a uma emissora russa, o vice-ministro das Relações Exteriores equatoriano, Marco Albuja, disse que Assange "perdeu bastante peso" e seu governo se preocupa com sua saúde.

As autoridades britânicas ameaçaram detê-lo se abandonar o recinto da legação equatoriana, que se encontra sob permanente vigilância policial.

Assange assegura que, se for extraditado à Suécia, será entregue às autoridades americanas, sob cujo ponto de mira se encontra desde o vazamento de milhares de documentos diplomáticos que comprometeram governos de todo o mundo, em particular os Estados Unidos. 

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