Epidemia de Aids se estende entre toda a população russa
Segundo vice-primeira-ministra russa para Assuntos Sociais, no ano passado foram detectadas na Rússia 93 mil casos de aids e portadores de HIV
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2016 às 11h50.
Moscou - A epidemia de aids continua a aumentar na Rússia , onde há cerca de 800 mil doentes e soropositivos, alertaram nesta quarta-feira as autoridades de saúde do país na V Conferência da Europa do Leste e Ásia Central sobre o HIV/aids.
Mais de dois mil especialistas de 72 países marcam presença no fórum inaugurado hoje em Moscou, onde durante três dias serão compartilhadas experiências e discussões sobre os caminhos para encerrar a epidemia que já matou mais de 40 milhões de pessoas no mundo.
A conferência foi iniciada com uma homenagem às vítimas dos sangrentos atentados terroristas realizados ontem no aeroporto e em uma estação de metrô de Bruxelas.
"Temos os recursos para controlar a epidemia", afirmou a vice-primeira-ministra russa para Assuntos Sociais, Olga Golodets, que destacou os avanços conseguidos pelo país nos últimos anos, mas ressaltou a necessidade de se esforçar ainda mais para alcançar esse objetivo.
Segundo Golodets, no ano passado foram detectadas na Rússia 93 mil casos de aids e portadores de HIV. O país conta com 793 mil doentes e soropositivos.
"Para a Rússia, o problema do HIV e da aids tem uma enorme importância, pois anualmente o número de casos aumenta entre 10% e 12%", afirmou a ministra da Saúde russa, Veronika Skvortova.
De acordo com Skvortova, a epidemia de HIV/aids tem especial gravidade nas regiões do país por onde passam as principais rotas do tráfico de drogas.
A ministra enfatizou que nos últimos 10 anos aumentou o número de contágios heterossexuais, que atualmente representam 40% do total dos novos casos, ainda abaixo dos registrados entre usuários de drogas, que é de 57%.
"O perigo desta situação é que a doença se propaga fora dos grupos de risco e já afeta toda a população", ressaltou.
Entre as conquistas da Saúde russa, Skvortsova destacou a drástica redução dos contágios verticais, de mãe para bebê, já que atualmente 98% dos filhos de portadoras de HIV nascem saudáveis.
Além disso, também como dado positivo, ressaltou que 75% das pessoas com aids e portadoras de HIV do país se encontram sob controle médico.
Uma das tarefas do governo russo, segundo a ministra, é reduzir os custos dos tratamentos farmacêuticos e desenvolver a produção própria de anti-retrovirais. Skvortsova disse que é importante centralizar as compras, o que ajudará a reduzir os custos dos tratamentos, que na Rússia são arcados pelo governo.
"Avaliamos altamente o compromisso do governo russo com os esforços para pôr fim à epidemia", disse o malinês Mishel Sidibé, diretor-executivo da Unaids, o programa do organismo mundial para coordenar a luta contra a aids e a propagação do HIV.
Sidibé afirmou que com o esforço de toda a comunidade internacional será possível atingir o objetivo da ONU de dar um fim à epidemia de HIV/aids até 2030.
"Nos próximos cinco anos será preciso redobrar os esforços para acabar com a epidemia", enfatizou, ao advertir que a autocomplacência é o "pior inimigo" nessa luta.
A V Conferência da Europa do Leste e Ásia Central sobre o Hiv/aids, que transcorre sob o lema "Cooperação Global na luta contra o HIV/aids: cada vida é importante", inclui a realização dezenas de reuniões e mesas-redondas, e terminará na próxima quinta-feira.
"Um espaço de debate para renomados cientistas de diversos países", assim definiu o evento a chefe do Serviço Federal da Rússia de Epidemiologia e Defesa do Consumidor, Anna Povova.
Segundo ela, a participação da sociedade civil, de pessoas portadoras do HIV e das organizações religiosas representa grande importância na luta contra a epidemia, pois suas opiniões são fundamentais na elaboração de políticas e adoção de medidas.
Moscou - A epidemia de aids continua a aumentar na Rússia , onde há cerca de 800 mil doentes e soropositivos, alertaram nesta quarta-feira as autoridades de saúde do país na V Conferência da Europa do Leste e Ásia Central sobre o HIV/aids.
Mais de dois mil especialistas de 72 países marcam presença no fórum inaugurado hoje em Moscou, onde durante três dias serão compartilhadas experiências e discussões sobre os caminhos para encerrar a epidemia que já matou mais de 40 milhões de pessoas no mundo.
A conferência foi iniciada com uma homenagem às vítimas dos sangrentos atentados terroristas realizados ontem no aeroporto e em uma estação de metrô de Bruxelas.
"Temos os recursos para controlar a epidemia", afirmou a vice-primeira-ministra russa para Assuntos Sociais, Olga Golodets, que destacou os avanços conseguidos pelo país nos últimos anos, mas ressaltou a necessidade de se esforçar ainda mais para alcançar esse objetivo.
Segundo Golodets, no ano passado foram detectadas na Rússia 93 mil casos de aids e portadores de HIV. O país conta com 793 mil doentes e soropositivos.
"Para a Rússia, o problema do HIV e da aids tem uma enorme importância, pois anualmente o número de casos aumenta entre 10% e 12%", afirmou a ministra da Saúde russa, Veronika Skvortova.
De acordo com Skvortova, a epidemia de HIV/aids tem especial gravidade nas regiões do país por onde passam as principais rotas do tráfico de drogas.
A ministra enfatizou que nos últimos 10 anos aumentou o número de contágios heterossexuais, que atualmente representam 40% do total dos novos casos, ainda abaixo dos registrados entre usuários de drogas, que é de 57%.
"O perigo desta situação é que a doença se propaga fora dos grupos de risco e já afeta toda a população", ressaltou.
Entre as conquistas da Saúde russa, Skvortsova destacou a drástica redução dos contágios verticais, de mãe para bebê, já que atualmente 98% dos filhos de portadoras de HIV nascem saudáveis.
Além disso, também como dado positivo, ressaltou que 75% das pessoas com aids e portadoras de HIV do país se encontram sob controle médico.
Uma das tarefas do governo russo, segundo a ministra, é reduzir os custos dos tratamentos farmacêuticos e desenvolver a produção própria de anti-retrovirais. Skvortsova disse que é importante centralizar as compras, o que ajudará a reduzir os custos dos tratamentos, que na Rússia são arcados pelo governo.
"Avaliamos altamente o compromisso do governo russo com os esforços para pôr fim à epidemia", disse o malinês Mishel Sidibé, diretor-executivo da Unaids, o programa do organismo mundial para coordenar a luta contra a aids e a propagação do HIV.
Sidibé afirmou que com o esforço de toda a comunidade internacional será possível atingir o objetivo da ONU de dar um fim à epidemia de HIV/aids até 2030.
"Nos próximos cinco anos será preciso redobrar os esforços para acabar com a epidemia", enfatizou, ao advertir que a autocomplacência é o "pior inimigo" nessa luta.
A V Conferência da Europa do Leste e Ásia Central sobre o Hiv/aids, que transcorre sob o lema "Cooperação Global na luta contra o HIV/aids: cada vida é importante", inclui a realização dezenas de reuniões e mesas-redondas, e terminará na próxima quinta-feira.
"Um espaço de debate para renomados cientistas de diversos países", assim definiu o evento a chefe do Serviço Federal da Rússia de Epidemiologia e Defesa do Consumidor, Anna Povova.
Segundo ela, a participação da sociedade civil, de pessoas portadoras do HIV e das organizações religiosas representa grande importância na luta contra a epidemia, pois suas opiniões são fundamentais na elaboração de políticas e adoção de medidas.