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Enviados dos EUA debatem com Israel esforços de paz em Gaza

Visita de Jared Kushner e Jason Greenblatt coincide com uma escalada de tensão na região, controlada pelo movimento islamita palestino Hamas

Gaza: pelo menos 133 palestinos foram abatidos por soldados israelenses desde 30 de março (Suhaib Salem/Reuters)

Gaza: pelo menos 133 palestinos foram abatidos por soldados israelenses desde 30 de março (Suhaib Salem/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de junho de 2018 às 18h07.

O conselheiro e genro do presidente americano e seu enviado especial para o Oriente Médio discutiram nesta sexta-feira (22) em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, os esforços feitos pelos Estados Unidos no conflito palestino-israelense.

A visita a Israel de Jared Kushner e Jason Greenblatt coincide com uma escalada de tensão na Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestino Hamas.

"As equipes discutiram a maneira de fazer avançar o processo diplomático, as evoluções na região, assim como a situação de segurança e humanitária em Gaza", apontou em comunicado o gabinete do primeiro-ministro, sem dar mais detalhes.

Nesses últimos dias, a Faixa de Gaza, submetida a um estrito bloqueio de Israel há mais de 10 anos, é cenário de uma mobilização maciça e de confrontos entre palestinos e soldados israelenses ao longo da fronteira com Gaza.

Pelo menos 133 palestinos foram abatidos por soldados israelenses no enclave desde 30 de março.

Netanyahu, por sua vez, expressou "sua grandeza ao presidente americano, Donald Trump, por seu apoio a Israel", segundo o comunicado.

Trump anunciou em 6 de dezembro o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, decisão que provocou uma onda de indignação internacional. Em 14 de maio, os Estados Unidos transferiram sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Poucos dias antes dessa ida ao Oriente Médio de Kushner e Greenblatt, que também foram para Arábia Saudita e Jordânia, a Autoridade Palestina advertiu que os esforços dos Estados Unidos eram "destinados ao fracasso". Não está previsto nenhum encontro entre os enviados americanos e os dirigentes palestinos.

A Autoridade Palestina suspendeu há vários meses os contatos com Washington, pelo o que considera uma postura pró-israelense do governo Trump.

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