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Envelhecimento da população chinesa levará a uma queda na taxa de crescimento?

Especialistas do Fundo Monetário Internacional previram recentemente que a taxa de crescimento potencial da China pode cair para cerca de 3% até 2030

CHINA - Muralha da China - turistas - turismo FOTO: LEANDRO FONSECA DATA: MAIO 2024 (Leandro Fonseca/Exame)
China2Brazil

Agência

Publicado em 15 de julho de 2024 às 15h43.

Muitos acadêmicos dentro e fora da China acreditam que o envelhecimento da população levará inevitavelmente a uma queda significativa na taxa de crescimento do país no futuro. Especialistas do Fundo Monetário Internacional previram recentemente que a taxa de crescimento potencial da China pode cair para cerca de 3% até 2030.

A taxa de crescimento potencial da economia é a soma do crescimento da população trabalhadora e do crescimento da produtividade do trabalho. Portanto, a contração do número de trabalhadores, se não for compensada pelo aumento da produtividade do trabalho, reduzirá a taxa de crescimento potencial da economia, e o país pode ter o problema de “envelhecer antes de enriquecer”, o que trará pressão sobre os recursos fiscais e a estabilidade social.

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Apesar do envelhecimento da população, a melhora nanutrição e educação da nova geraçãoem comparação com a anterior, levará uma melhora também na qualidade da mão de obra na China. Ou seja, o estoque de capital humano do país não apenas não diminuirá nos próximos 10 anos, mas, ao contrário, crescerá aceleradamente, o que certamente estabelecerá uma base mais sólida de talentos para a inovação científica e tecnológica e promoverá a ascensão simultânea da produtividade total dos fatores e da produtividade do trabalho.

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Aumento de escolaridade média na China

Dados do censo da China e os do Banco Mundial têm pequenas diferenças, mas mostram a mesma tendência de aumento em anos de escolaridade média no país. De acordo com os dados do sétimo censo nacional populacional, em 2020, a média de anos de escolaridade da população economicamente ativa da China subiu de 9,67 anos em 2010 para 10,75 anos.

Outro indicador importante é o de nível de escolaridade. O aumento no número de anos de estudo decorre de dois fatores principais. O primeiro é o apoio político para aumentar continuamente os níveis educacionais. Desde a década de 1980, à medida que mais pessoas concluíram o ensino médio, a proporção de pessoas com diploma apenas do ensino fundamental começou a diminuir. Já o sistema de ensino obrigatório de nove anos implementado em 1986 desempenhou um importante papel na disseminação do ensino fundamental e médio. Nos últimos anos, o governo investiu mais recursos para aumentar rapidamente a taxa de matrícula no ensino superior. No ano passado, essa taxa saltou para 60%, mais de quatro vezes maior que há 20 anos, aproximando-se da média dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Assim, é certo que a proporção da população economicamente ativa com ensino superior continuará a crescer.

O segundo fator provém do efeito da medida que os idosos, que têm um nível educacional relativamente baixo, se aposentam e que a geração mais jovem entra no mercado de trabalho, a média de anos de escolaridade da população economicamente ativa certamente aumentará continuamente. Estima-se que para cada 10 idosos que saem do mercado de trabalho com menos de 8 anos de estudo da atualidade até 2030, haverá 15 jovens com mais de 14 anos de estudo substituindo-os.

A melhoria da qualidade da mão de obra compensará os impactos negativos do envelhecimento demográfico e da redução da população economicamente ativa sobre o crescimento econômico. O capital humano considerando o nível de educação da força de trabalho não apenas não diminuirá, mas crescerá aceleradamente nos próximos 10 anos.

Fonte: yicai.com

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