Entidade detecta possível radiação norte-coreana
Gases radioativos pode ser o primeiro indício concreto de que a detonação de uma bomba em fevereiro de fato ocorreu
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2013 às 12h14.
Viena - Gases radioativos possivelmente originados de um teste de arma nuclear feito em fevereiro pela Coreia do Norte foram detectados de forma inesperada neste mês, disse uma entidade de monitoramento na terça-feira, naquele que pode ser o primeiro indício concreto de que a detonação aconteceu.
A detecção do gás radioativo aconteceu em 9 de abril, quase dois meses depois do teste subterrâneo que Pyongyang diz ter feito. Por causa da demora na coleta dos chamados gases nobres gerados pela detonação, é impossível saber se a arma testada era à base de plutônio ou urânio, disse Annika Thunborg, porta-voz da Organização para o Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares (CTBTO, na sigla em inglês).
Acredita-se que a reclusa Coreia do Norte tenha usado bombas de plutônio em seus dois testes anteriores, ocorridos em 2006 e 2009. A eventual mudança para o urânio ampliaria o nível de preocupação da comunidade internacional, já que permitiria uma grande expansão do arsenal norte-coreano.
Depois do teste de fevereiro, a ONU endureceu suas sanções à Coreia do Norte, que em reação a isso ameaçou submeter os EUA, a Coreia do Sul e o Japão a ataques nucleares. Autoridades norte-americanas, no entanto, duvidam de que a Coreia do Norte seja capaz de lançar um míssil nuclear.
O terceiro teste norte-coreano foi detectado quase em tempo real por sensores sísmicos do mundo todo, mas nas semanas imediatamente posteriores não foram detectados traços radioativos que representassem uma prova conclusiva.
Em meados de março, a CTBTO, que tem uma rede mundial de estações de monitoramento, disse que seria improvável que tal radiação pudesse ser detectada. Mas, na terça-feira, a entidade disse ter feito uma detecção significativa de dois gases nobres radiativos (xenônio-131m e xenônio-133), há duas semanas, em Takasaki, no Japão, a cerca de mil quilômetros do local do teste. Níveis mais baixos foram detectados em outra estação, em Ussuriysk, na Rússia.
O xenônio é um gás formado em grandes quantidades durante fissões nucleares.
Viena - Gases radioativos possivelmente originados de um teste de arma nuclear feito em fevereiro pela Coreia do Norte foram detectados de forma inesperada neste mês, disse uma entidade de monitoramento na terça-feira, naquele que pode ser o primeiro indício concreto de que a detonação aconteceu.
A detecção do gás radioativo aconteceu em 9 de abril, quase dois meses depois do teste subterrâneo que Pyongyang diz ter feito. Por causa da demora na coleta dos chamados gases nobres gerados pela detonação, é impossível saber se a arma testada era à base de plutônio ou urânio, disse Annika Thunborg, porta-voz da Organização para o Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares (CTBTO, na sigla em inglês).
Acredita-se que a reclusa Coreia do Norte tenha usado bombas de plutônio em seus dois testes anteriores, ocorridos em 2006 e 2009. A eventual mudança para o urânio ampliaria o nível de preocupação da comunidade internacional, já que permitiria uma grande expansão do arsenal norte-coreano.
Depois do teste de fevereiro, a ONU endureceu suas sanções à Coreia do Norte, que em reação a isso ameaçou submeter os EUA, a Coreia do Sul e o Japão a ataques nucleares. Autoridades norte-americanas, no entanto, duvidam de que a Coreia do Norte seja capaz de lançar um míssil nuclear.
O terceiro teste norte-coreano foi detectado quase em tempo real por sensores sísmicos do mundo todo, mas nas semanas imediatamente posteriores não foram detectados traços radioativos que representassem uma prova conclusiva.
Em meados de março, a CTBTO, que tem uma rede mundial de estações de monitoramento, disse que seria improvável que tal radiação pudesse ser detectada. Mas, na terça-feira, a entidade disse ter feito uma detecção significativa de dois gases nobres radiativos (xenônio-131m e xenônio-133), há duas semanas, em Takasaki, no Japão, a cerca de mil quilômetros do local do teste. Níveis mais baixos foram detectados em outra estação, em Ussuriysk, na Rússia.
O xenônio é um gás formado em grandes quantidades durante fissões nucleares.