Tripulação do NS-37 (da esquerda para a direita): Joey Hyde, Hans Koenigsmann, Michaela (Michi) Benthaus, Neal Milch, Adonis Pouroulis e Jason Stansell (Divulgação/Blue Origin)
Redação Exame
Publicado em 20 de dezembro de 2025 às 13h25.
Última atualização em 20 de dezembro de 2025 às 13h32.
A Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, fez história neste sábado, 20, ao completar a primeira missão a levar uma pessoa cadeirante ao espaço, a engenheira Michaela Benthaus.
A tripulação era composta por Michaela Benthaus (engenheira aeroespacial e mecatrônica da Agência Espacial Europeia), Joey Hyde (físico e investidor quantitativo), Hans Koenigsmann (engenheiro aeroespacial e um dos primeiros membros da SpaceX), Neal Milch (executivo e empreendedor de negócios globais), Adonis Pouroulis (empreendedor, investidor e engenheiro de mineração) e Jason Stansell (formado em ciência da computação e autoproclamado entusiasta do espaço).
O voo decolou por volta das 9h15 (11h15 em Brasília) e a cápsula pousou cerca de 11 minutos depois no oeste do Texas.
Musk x Bezos: quem vai definir o futuro da vida fora da Terra?"Essa tripulação exemplifica a amplitude e a diversidade de pessoas que agora podem vivenciar um voo espacial, desde engenheiros e cientistas até empreendedores, professores e investidores de todo o mundo. Cada um traz sua perspectiva única e paixão pela exploração. O voo de Michi [Michaela] é particularmente significativo, demonstrando que o espaço é para todos, e temos orgulho de ajudá-la a realizar esse sonho."
Em 2018, Michaela sofreu um acidente durante a prática de mountain bike, que resultou em uma lesão na medula espinhal e comprometeu sua mobilidade.
O New Shepard foi desenvolvido com foco em acessibilidade. Totalmente autônomo, conta com acesso por elevador na torre de lançamento, o que amplia a possibilidade de participação de pessoas com diferentes tipos de deficiência.
Com a missão realizada neste sábado, o New Shepard já levou ao espaço astronautas que utilizam cadeira de rodas, pessoas com deficiência auditiva, mobilidade reduzida, além de passageiros com baixa visão ou cegueira legal, reforçando a proposta de tornar o turismo espacial mais inclusivo.
A pequena nave é projetada para levar pessoas em viagens curtas até a borda do espaço, além de realizar missões de pesquisa.