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Enfrentamentos em protestos contra referendo deixam 5 mortos

Pelo menos cinco islamitas morreram em enfrentamentos entre manifestantes e a polícia em várias cidades

Forças de segurança no Egito: cinco vítimas morreram por disparos das forças de segurança, segundo porta-voz da Irmandade Muçulmana (Mahmoud Khaled/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 12h01.

Cairo -Pelo menos cinco manifestantes islamitas morreram nesta terça-feira em enfrentamentos com a polícia em várias cidades do Egito durante os protestos convocados contra o referendo constitucional, segundo a Irmandade Muçulmana .

Um porta-voz da confraria, que pediu o anonimato, disse à Agência Efe que os cinco morreram por disparos das forças de segurança, embora as autoridades não tenham confirmado estas mortes.

Duas das vítimas morreram na cidade de Kerdasa, no sul da província de Guiza, outras duas na cidades de Sohag e uma em Beni Suef, segundo a Irmandade.

No entanto, o Ministério da Saúde só confirmou o falecimento de um jovem em Beni Suef por conta dos distúrbios, e informou sobre outras três mortes, mas por causas naturais, no Cairo e Guiza.

As forças da ordem utilizaram gás lacrimogêneo e pistolas de balas de chumbo para dispersar as manifestações convocadas pela Irmandade, que pediu o boicote do referendo e tratou de obstaculizar o processo de votação.

Alguns dos incidentes mais graves ocorreram em Kerdasa, onde um centro de votação foi atacado com coquetéis molotov, segundo uma fonte policial consultada pela Efe.


Mais de mil simpatizantes dos grupos islamitas contrários ao referendo, entre eles a Irmandade Muçulmana, cercaram o colégio Kafr Hakim e dispararam contra o edifício, obrigando seu fechamento.

As autoridades pediram reforços policiais para proteger esta zona de Kerdasa, uma cidade que esteve tomada durante um mês pelos islamitas, até que as forças de segurança lançaram uma operação para recuperar seu controle em 19 de setembro.

O porta-voz da confraria denunciou, além disso, detenções de seus simpatizantes que faziam campanha contra o referendo nas cidades do Cairo, Alexandria, Sohag e Damieta, assim como a participação na repressão dos protestos de uma força especial do Exército.

Uma fonte de segurança disse à Agência Efe que a Polícia deteve cerca de 40 simpatizantes da Irmandade, a maioria no Cairo e Alexandria.

Dez dos detidos, entre eles três mulheres, foram capturados no bairro cairota de Cidade Nasser, por lançar bengalas contra os cidadãos, cortar o tráfego e ter um veículo carregado de gasolina para preparar coquetéis molotov.

Antes da abertura dos colégios eleitorais, uma bomba explodiu perto de um tribunal no bairro cairota de Imbaba, sem causar vítimas.

Além disso, cinco bombas caseiras foram desativadas pelos especialistas em explosivos perto de um colégio primário na província de Menufiya, no delta do Nilo.

A nova Carta Magna emenda a aprovada pelos islamitas em 2012, que foi suspensa pelos militares em julho após a destituição do presidente Mohamed Mursi.

*Atualização às 13h01 do dia 14/01/2014

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Cairo -Pelo menos cinco manifestantes islamitas morreram nesta terça-feira em enfrentamentos com a polícia em várias cidades do Egito durante os protestos convocados contra o referendo constitucional, segundo a Irmandade Muçulmana .

Um porta-voz da confraria, que pediu o anonimato, disse à Agência Efe que os cinco morreram por disparos das forças de segurança, embora as autoridades não tenham confirmado estas mortes.

Duas das vítimas morreram na cidade de Kerdasa, no sul da província de Guiza, outras duas na cidades de Sohag e uma em Beni Suef, segundo a Irmandade.

No entanto, o Ministério da Saúde só confirmou o falecimento de um jovem em Beni Suef por conta dos distúrbios, e informou sobre outras três mortes, mas por causas naturais, no Cairo e Guiza.

As forças da ordem utilizaram gás lacrimogêneo e pistolas de balas de chumbo para dispersar as manifestações convocadas pela Irmandade, que pediu o boicote do referendo e tratou de obstaculizar o processo de votação.

Alguns dos incidentes mais graves ocorreram em Kerdasa, onde um centro de votação foi atacado com coquetéis molotov, segundo uma fonte policial consultada pela Efe.


Mais de mil simpatizantes dos grupos islamitas contrários ao referendo, entre eles a Irmandade Muçulmana, cercaram o colégio Kafr Hakim e dispararam contra o edifício, obrigando seu fechamento.

As autoridades pediram reforços policiais para proteger esta zona de Kerdasa, uma cidade que esteve tomada durante um mês pelos islamitas, até que as forças de segurança lançaram uma operação para recuperar seu controle em 19 de setembro.

O porta-voz da confraria denunciou, além disso, detenções de seus simpatizantes que faziam campanha contra o referendo nas cidades do Cairo, Alexandria, Sohag e Damieta, assim como a participação na repressão dos protestos de uma força especial do Exército.

Uma fonte de segurança disse à Agência Efe que a Polícia deteve cerca de 40 simpatizantes da Irmandade, a maioria no Cairo e Alexandria.

Dez dos detidos, entre eles três mulheres, foram capturados no bairro cairota de Cidade Nasser, por lançar bengalas contra os cidadãos, cortar o tráfego e ter um veículo carregado de gasolina para preparar coquetéis molotov.

Antes da abertura dos colégios eleitorais, uma bomba explodiu perto de um tribunal no bairro cairota de Imbaba, sem causar vítimas.

Além disso, cinco bombas caseiras foram desativadas pelos especialistas em explosivos perto de um colégio primário na província de Menufiya, no delta do Nilo.

A nova Carta Magna emenda a aprovada pelos islamitas em 2012, que foi suspensa pelos militares em julho após a destituição do presidente Mohamed Mursi.

*Atualização às 13h01 do dia 14/01/2014

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