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Encontro entre Putin e Zelensky seria contraproducente, afirma chanceler

O pedido para um encontro presencial com Putin tem sido repetido por Zelensky em declarações, mas Kremlin diz que possibilidade ainda não existe

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov: reunião entre Zelensky e Putin seria "contraproducente" (AFP/AFP)

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov: reunião entre Zelensky e Putin seria "contraproducente" (AFP/AFP)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 28 de março de 2022 às 09h30.

O chefe da diplomacia da Rússia afirmou nesta segunda-feira, 28, que um encontro entre o presidente Vladimir Putin e o ucraniano Volodymyr Zelensky seria "contraproducente" e estaria condicionado à adoção das exigências de Moscou nas negociações.

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Putin "disse que nunca rejeitaria um encontro com o presidente Zelensky, mas é necessário que este encontro seja bem preparado (...)", disse o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.

"O conflito na Ucrânia se agravou durante todos estes anos, muitos problemas foram acumulados", disse. "Então, encontrar-se para dizer 'o que você pensa?', 'Eu penso (...)'. Seria justamente algo contraproducente."

As declarações foram feitas em entrevista coletiva do ministro antes de uma nova rodada de negociações na Turquia, que acontece nesta semana. A expectativa era de que começassem nesta segunda-feira, mas a Rússia tem dito que as conversas devem ficar para terça-feira, 29.

Lista de exigências russa

O diplomata russo reafirmou as exigências apresentadas pelo Kremlin desde o início da ofensiva contra Kiev em 24 de fevereiro: a proteção da população da região de Donbas, leste da Ucrânia, e a "desmilitarização" e "desnazificação" do país vizinho, sem dar detalhes sobre o que isso significaria na prática.

"Somos obrigados a garantir que a Ucrânia deixe de ser objeto de experimentos do Ocidente e da Otan no plano militar e que não represente uma ameaça militar e física para a Rússia", afirmou.

Posição de Zelensky

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem dado entrevistas nos últimos dias a veículos de imprensa independentes russos, afirmando que está disposto a conversar sobre o status das regiões separatistas em Donbas e da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, um dos pontos mais sensíveis.

Zelensky negou a possibilidade de desmilitarização do país, mas a Ucrânia se mostrou disposta a aceitar neutralidade em relação à Otan.

A possibilidade de entrada da Ucrânia na aliança, segundo o argumento oficial de Moscou, foi um dos motivos para a guerra. Zelensky afirmou, no entanto, que uma decisão sobre a Otan teria de passar por referendo entre a população ucraniana.

O pedido para um encontro presencial com Putin tem sido repetido por Zelensky em declarações na última semana.

(Com AFP)

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