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Empresas de Trump devem o dobro do que ele diz

Jornal New York Times relatou que as empresas do candidato republicano à presidência dos EUA devem, ao menos, US$ 650 milhões

Donald Trump: Candidato faz campanha com base em seu bem-sucedido negócio no setor imobiliário (REUTERS/Carlo Allegri)

Donald Trump: Candidato faz campanha com base em seu bem-sucedido negócio no setor imobiliário (REUTERS/Carlo Allegri)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 16h51.

As empresas que pertencem ao candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, devem ao menos US$ 650 milhões, ou seja, o dobro do que admitiu em sua campanha, relatou o jornal The New York Times neste sábado (20).

O jornal recorreu a um instituto de estudos especializado no setor imobiliário para buscar dados sobre as propriedades do candidato republicano, particularmente prédios comerciais e campos de golfe.

Além dos US$ 650 milhões em dívidas, "uma parte substancial de sua fortuna está vinculada a três associações que ainda devem US$ 2 bilhões". Se essas dívidas não foram saldadas, Trump não será responsável, mas o valor dos investimentos em seu conjunto cairia, garante o NYT.

O magnata faz campanha com base em seu bem-sucedido negócio no setor imobiliário, alegando que vale cerca de US$ 10 bilhões, e faz referência a sua perspicácia para o mundo empresarial como sua maior qualidade para ser presidente.

Trump desconsiderou as crescentes pressões, inclusive de seu próprio partido, para que divulgue sua declaração de impostos e permita uma taxação independente de seus ativos.

A campanha de Trump sustenta que suas empresas têm dívidas de cerca de US$ 315 milhões, afirma o "Times", acrescentando que os números divulgados por ele parecem ser precisos, mas que não se exigiu do candidato republicano que revele tudo que diz respeito às suas atividades empresariais.

Embora o jornal não o acuse de nada ilegal, a investigação "destaca o mistério que continua cercando suas atividades empresariais".

Entre os credores de Trump figura, segundo o jornal, um dos principais bancos da China - país acusado pelo candidato republicano de ser o inimigo comercial dos Estados Unidos - e o banco Goldman Sachs, ao qual Trump acusa de favorecer sua oponente democrata, Hillary Clinton.

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