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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Gaza - A única empresa de eletricidade da Faixa de Gaza deixou de funcionar nas últimas horas devido à falta de combustível e o bloqueio de Israel, devido ao dia de descanso judeu, terminal através do qual é feita a transferência.
Em comunicado aos meios de comunicação, a Autoridade de Energia do Governo do Hamas informa que os operários tiveram que desligar todos os geradores da companhia ao ficar sem combustível.
"O blecaute afetará todos os aspectos da vida diária na faixa, (recentemente) visitada por líderes internacionais e diplomatas que prometeram ajudar a pôr fim ao bloqueio de Israel", diz a nota de imprensa.
Fontes da Autoridade de Energia disseram que não esperam retomar o funcionamento da empresa até no domingo, quando, uma vez concluído o sabbat (jornada de descanso), Israel deve reabrir o terminal fronteiriço pelo qual é efetuada a transposição de combustível dos caminhões israelenses para os palestinos.
A nota de imprensa também responsabiliza o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, que governa na Cisjordânia, pelo blecaute. Ele diminuiu as quantidades de combustível destinas à faixa de 2.200 metros cúbicos para 750 por semana, como medida de pressão contra o Governo do Hamas.
O porta-voz de Fayyad, Ghassan Khatib, denunciou por sua vez que a responsabilidade reside no Governo do Hamas, que não envia o dinheiro das faturas pagas pela população à ANP para, com isso, pagar o custo do combustível.
Segundo Khatib, o Hamas utiliza esse dinheiro para financiar todo seu aparelho administrativo em Gaza e pagar salários de funcionários.
Os moradores de Gaza, território que também recebe uma parte de sua eletricidade de Israel e do Egito, disseram à Agência Efe que "por enquanto o blecaute afeta zonas do centro e a periferia de Gaza capital", mas que "se espera que ele se estenda nas próximas horas".
O subdiretor da Autoridade Energética, Kanan Obeid, disse que nestes momentos a redução do abastecimento é de 50% , já que segue entrando a que eletricidade proveniente de Israel e do Egito.
A empresa que não está funcionando fornece 40% das necessidades da faixa palestina.