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Obama deve destacar emprego e déficit em discurso ao Congresso

Presidente fará nesta segunda o tradicional discurso do Estado da União, no qual vai apresentar aos parlamentares as prioridades do governo para 2011

O presidente Barack Obama viu sua popularidade subir segunda as últimas pesquisas (Saul Loeb/AFP)
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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 17h33.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai insistir sobre a retomada do mercado de trabalho, o estímulo à pesquisa e a luta contra o déficit, durante o discurso anual sobre o Estado da União nesta terça-feira, a partir da meia-noite, hora de Brasília, diante de um Congresso renovado e que ameaça sua agenda política.

O chefe de Estado democrata iniciou no dia 20 de janeiro a segunda metade de seu mandato e já prepara campanha para a reeleição, em 2012.

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Seus objetivos de governo para este ano serão apresentados, assim, à Câmara de Representantes e ao Senado.

A economia e o emprego permanecem no centro das preocupações, num momento em que os Estados Unidos ainda se esforçam para apagar os danos da recessão de 2008-2009. A taxa oficial de desemprego ainda supera 9%, apesar de alguns sinais de recuperação.

"Minha prioridade será fazer com que nos tornemos mais competitivos, criando empregos não apenas para o agora, mas para o futuro. Este será o assunto principal do discurso sobre o estado da União", declarou Obama em vídeo enviado a seus partidários.

"É evidente que o emprego estará no centro de seu pronunciamento. Se não houver uma solução milagrosa, ele falará das numerosas formas com que espera estimular o crescimento econômico e a criação de empregos", explica à AFP Thomas Mann, especialista em ciências políticos do Instituto Brookings de Washington.

Os republicanos, que acusam o governo de ter permitido o crescimento dos déficits, prometem reduzi-los com o corte de gastos, agora que contam com maioria na Câmara de Representantes.

No início de dezembro, o presidente expressou o desejo de os Estados Unidos estimularem o ensino e a pesquisa, que para Obama são vitais para a futura prosperidade do país.

No entanto, depois da derrota dos democratas nas eleições legislativas de novembro, Obama terá que negociar com os republicanos, que mesmo ainda como minoria têm a capacidade de bloquear iniciativas no Senado.

"O discurso não estará necessariamente limitado às propostas legislativas e pode definir um programa político e legislativo, sobre o qual basear a campanha de 2012", completa Mann.

"Obama vai nos pedir para trabalhar de maneira conjunta, para atender os desafios", disse o senador democrata Richard Durbin.

"A primeira coisa é deixar a recessão para trás e a segunda é nos livrarmos da dívida", completou.

No último mês de 2010, Obama comprometeu-se com os adversários a prolongar temporariamente a anistia tributária herdada da era Bush, conseguiu derrubar a lei que proibia aos homossexuais servir abertamente nas forças militares e obteve a aprovação do tratado START com a Rússia.

Com tudo isto, a aprovação de Obama superou 50%, o maior nível em 16 meses.

Os republicanos reagirão de maneira dividida ao discurso presidencial: uma resposta será da direção do partido e outra do movimento ultraconservador "Tea Party".

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