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Emissões ficam estáveis pela 1ª vez desde 1992

Por causa da recessão, países industrializados reduziram emissões em 2009, mas nações em desenvolvimento emitiram mais, diz o jornal britânico The Guardian; o resultado foi a estabilização

Segundo relatório holandês, emissão de gás carbônico permanece inalterada em 2009 (.)

Segundo relatório holandês, emissão de gás carbônico permanece inalterada em 2009 (.)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - As emissões de gases de efeito estufa pelos países ricos cairam 7% em 2009 (800 milhões de toneladas de gás carbônico) por causa da recessão. Entretanto, a baixa foi anulada pelo aumento das emissões de países emergentes, como China e Índia. Os dados, divulgados pelo jornal britânico The Guardian, são da Netherlands Environmental Assessement Agency (NEAA), um dos grupos líderes em pesquisa científica da Europa.

Com isso, pela primeira vez desde 1992, as emissões permaneceram estáveis. As análises foram baseadas em dados da petrolífera britânica BP e da Agência Internacional de Energia; os dados de cimento, aço e outras indústrias coletados pelo projeto Edgar da União Europeia.

Em 2007, a agência holandesa foi a primeira a identificar a China como o país que mais gerava gases de efeito estufa no mundo, superando os Estados Unidos.
Em dez anos, a China mais que dobrou suas emissões, chegando a 8,1 bilhões de toneladas), apesar de ter praticamente dobrado a cada ano sua produção de energia eólica e solar.

As emissões da Índia cresceram 50% no mesmo período. O país superou a Rússia e hoje é o quinto maior emissor de carbono do mundo. Entretando, diz o jornal, os dados não significam que os países ricos tenham sido "absolvidos" de sua responsabilidade histórica.

"Grande parte da capacidade de produção foi suspensa, mas isso pode ser retomado conforme a economia se for se recuperando. É provável que a recuperação da economia cause alta nas emissões dos países industrializados. No entanto, a recessão econômica mostrou que estes países podem alcançar suas metas de redução mais facilmente", disse a porta-voz da NEAA Anneke Oosterhuis.

 

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