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Emir do Kuwait pede que países árabes deixem diferenças

O emir do Kuwait pediu aos países árabes unificarem posturas e deixarem de lado as diferenças

O emir do Kuwait, xeque Al-Sabah al Ahmed Al-Sabah: "aumentaram as diferenças" entre os países árabes, segundo emir (Stephanie McGehee/Reuters)

O emir do Kuwait, xeque Al-Sabah al Ahmed Al-Sabah: "aumentaram as diferenças" entre os países árabes, segundo emir (Stephanie McGehee/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 13h21.

Kuwait - O emir do Kuwait, xeque Al-Sabah al Ahmed Al-Sabah, pediu nesta terça-feira aos países árabes "unificarem posturas" e deixarem de lado as diferenças surgidas ultimamente, em alusão à crise política entre os Estados do Golfo.

Em seu discurso de inauguração da XXV Cúpula Árabe, Al-Sabah advertiu que "aumentaram as diferenças" entre os países árabes, o que afeta "seus valores e esperanças".

No entanto, sublinho: "O espaço de consenso entre nós é maior que o da diferença, por isso devemos aproveitá-lo para continuar avançando".

O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Nabil al Araby também falou de sua esperança em que o lema de hoje - "Cúpula da solidariedade para um futuro melhor"- "se materialize com passos tangíveis para superar a delicada etapa que os laços árabes atravessam".

Por sua vez, o príncipe herdeiro saudita, Salman bin Abdelaziz disse que a região "precisa de estabilidade, segurança e laços naturais nos quais impere a confiança, o respeito mútuo e a não-intervenção nos assuntos internos de outros países".

A Arábia Saudita, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos retiraram em 5 de março seus embaixadores do Catar, em protesto contra a suposta ingerência de Doha em seus assuntos.

No fundo da crise entre esses países está sua diferente relação com a Irmandade Muçulmana, apoiada pelo Catar e com as autoridades interinas do Egito, no poder após a destituição do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho passado.

Quanto a isso, o emir do Catar, xeque At-Ta"mim bin Hamad Al-Thani, desejou ao Egito "estabilidade política e segurança" e defendeu pôr fim às divisões.

Al-Thani considerou, no entanto, que "não se pode rotular de terroristas grupos inteiros", em alusão à medida adota pelo Egito e pela Arábia Saudita contra a Irmandade Muçulmana.

Ao todo, 13 chefes de Estado participam da cúpula, com as notáveis ausências do rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz; do presidente dos Emirados Árabes Unidos, Khalifa bin Zayed al-Nahyan; e do rei de Bahrein, Hamad bin Issa al-Khalifa.

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