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Emergentes prometem se defender de medida do Fed

As economias emergentes expressaram desagrado com a medida do Fed

Bandeiras chinesas: emergentes não acreditam que poderá haver equilíbrios globais entre as moedas (China Photos/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 08h22.

Seul e Pequim - Os formuladores de política das maiores economias da América Latina e da Ásia prometeram nesta quinta-feira desenvolver novas medidas para conter os fluxos de capital depois de, na véspera, o Federal Reserve anunciar que colocará bilhões de dólares no sistema para estimular a economia.

As economias emergentes expressaram desagrado com a medida, tornando improvável um acordo sobre desequilíbrios globais e moedas na reunião do G20 na semana que vem.

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"Enquanto o mundo não exercer restrição à emissão de moedas de reserva como o dólar --e isso não é fácil--, a ocorrência de outra crise é inevitável", escreveu Xia Bin, assessor do banco central da China, em um jornal administrado pela autoridade monetária.

O Ministério das Finanças da Coreia do Sul disse ter enviado "uma mensagem aos mercados" na quinta-feira e que irá "agressivamente" considerar controles de capital, enquanto o secretário de Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral, disse que o movimento do Fed pode gerar "medidas de retaliação".

A Tailândia levantou a possibilidade de uma ação conjunta para combater a enxurrada de dólares que deve entrar nos emergentes.

"O presidente do banco central confirmou discussões com bancos centrais de países vizinhos, que estão prontos para impor medidas juntos se for necessário para conter o possível fluxo de capital especulativo na região", afirmou o ministro das Finanças, Korn Chatikavanij.

Uma autoridade sênior de Finanças da Índia, que preferiu não ser identificada, disse que, embora os Estados Unidos tenham o direito de estimular sua economia, outras nações também devem proteger seus interesses.

O chinês Xia acrescentou no Financial News que Pequim irá perseguir seus próprios interesses, dizendo que "precisamos pensar 'o que é bom para nós'".

O estretategista cambial do Credit Suisse, Olivier Desbarres, disse: "Esse não me parece o tipo de ambiente no qual qualquer país se comprometerá com metas".

Na quarta-feira, o Fed anunciou a compra de 600 bilhões de dólares em bônus. Nesta quinta-feira, o banco central foi visto vendendo sua moeda para conter os ganhos após ela atingir pico em seis meses com o anúncio do Fed.

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