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Emboscada maoísta no leste da Índia deixa 24 policiais mortos

Cerca de 300 guerrilheiros maoístas surpreenderam os agentes enquanto estes lanchavam, abrindo fogo indiscriminadamente e lançando granadas contra eles

Polícia indiana: também há sete feridos por consequência do ataque, alguns deles em estado grave (Getty/Getty Images)

Polícia indiana: também há sete feridos por consequência do ataque, alguns deles em estado grave (Getty/Getty Images)

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EFE

Publicado em 24 de abril de 2017 às 13h53.

Nova Délhi - Pelo menos 24 policiais da Força Central de Reserva Policial (CRPF, sigla em inglês) morreram nesta segunda-feira e outros sete ficaram feridos após caírem em uma emboscada da guerrilha maoísta no estado de Chhattisgarh, no centro-leste da Índia.

O inspetor geral da CRPF, M. Dinakaran, disse à agência "IANS" que o ataque aconteceu em uma área de mata no distrito de Sukma, por volta das 12h30 locais (4h de Brasília) quando os integrantes deste corpo policial estavam em uma estrada.

Inicialmente, foram recuperados 11 corpos e, em uma segunda averiguação, outros 12 corpos foram encontrados. Além disso, um dos efetivos morreu enquanto era levado ao hospital.

Segundo o relato à imprensa de um dos sobreviventes da emboscada, cerca de 300 guerrilheiros maoístas surpreenderam os agentes da CRPF enquanto estes lanchavam, abrindo fogo indiscriminadamente e lançando granadas contra eles.

Outra fonte da CRPF revelou à agência "PTI" que também há sete feridos por consequência do ataque, alguns deles em estado grave.

Em uma mensagem no Twitter, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, tachou de "covarde" e "deplorável" o ataque, e afirmou que está acompanhando de perto os acontecimentos.

O vice-ministro de Interior, Kiren Rijiju, disse aos jornalistas que o ocorrido "é uma tragédia", mas pediu tempo antes de oferecer detalhes, afirmando que é preciso esperar "o relatório" do sucedido.

No mês passado, uma emboscada de caraterísticas similares nesta região, um dos redutos dos maoístas na Índia, deixou outros 11 policiais mortos e vários feridos.

A guerrilha, conhecida localmente como "naxalita", nasceu de uma revolta em uma aldeia no estado de Bengala, no leste do país, em 1967, e depois se deslocou para estados próximos, como Odisha e Chhattisgarh.

Na atualidade, os insurgentes estão principalmente ativos no chamado "cinturão vermelho", uma faixa de território que cobre o centro e o leste da Índia.

Segundo dados do Portal de Terrorismo do Sul de Ásia, 433 pessoas morreram em 2016 em incidentes envolvendo grupos de extrema-esquerda na Índia.

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