Embaixador dos Emirados Árabes fica ferido no ataque em Cabul
O ataque aconteceu no fim da tarde e teve como alvo o complexo de escritórios do governador de Kandahar, Homayoon Azizi, que também ficou ferido
EFE
Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 15h55.
Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 22h00.
Cabul - Em um novo ataque no Afeganistão nesta terça-feira, pelo menos quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas, entre elas o embaixador dos Emirados Árabes no Afeganistão, Juma Mohammed Abdullah Al Kaabi, em atentado contra um escritório do governo na província de Kandahar, no sudeste do país.
O ataque aconteceu no fim da tarde (horário local) e teve como alvo o complexo de escritórios do governador de Kandahar, Homayoon Azizi, que também ficou ferido, informou à Agência Efe seu porta-voz, Samim Khpalwak.
"Nosso governador e o embaixador dos Emirados Árabes estão entre as pessoas feridas, mas seus ferimentos não são graves", acrescentou a fonte.
Al-Kaabi estava de visita oficial em Kandahar para se reunir com líderes regionais e inaugurar as obras de uma creche que será construída na capital homônima de Kandahar com um orçamento de US$ 2 milhões.
A explosão ocorreu durante uma reunião de alto nível na qual também participavam o chefe da polícia provincial, general Abdul Raziq, e o chefe regional do Diretório Nacional de Segurança (NDS), a principal agência de inteligência, informou o porta-voz policial, Zia-ul-Rahman Durani.
Segundo a fonte, os únicos altos cargos que sofreram ferimentos no ataque foram o governador e o embaixador dos Emirados Árabes.
Este é o terceiro grave atentado ocorrido no país nesta terça-feira, após um ataque suicida com bomba ter sido realizado contra a casa de um líder da comunidade local em Lashkargah, capital da conflituosa província de Helmand (sul), deixando sete mortos e oito feridos.
Em seguida, um duplo atentado suicida foi cometido nas imediações do parlamento afegão em Cabul, ato reivindicado pelos talibãs que deixou pelo menos 30 mortos e 80 feridos.
Os talibãs ganharam terreno desde o fim da missão de combate da Otan em janeiro de 2015 e controlam, segundo dados de Washington, um terço do território afegão.