Aumenta pressão pela saída de Maliki do governo iraquiano
Obama sofreu pressão de parlamentares para persuadir o primeiro-ministro a renunciar
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2014 às 21h15.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/barack-obama">Barack Obama</a></strong>, sofreu pressão de parlamentares nesta quarta-feira para persuadir o primeiro-ministro do <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/iraque">Iraque</a></strong>, Nuri al-Maliki, a renunciar pelo o que consideram uma liderança fracassada diante da insurgência que ameaça o país.</p>
Enquanto Obama realizava uma reunião de uma hora com líderes do Congresso sobre as opções dos EUA no Iraque, autoridades do governo se juntaram ao coro de críticas a Maliki, culpando-o pela sua incapacidade de pôr fim às rixas sectário entre sunitas e xiitas que os militantes estão explorando.
O chefe do Estado-Maior Conjunto norte-americano, general Martin Dempsey, declarou em audiência no Congresso que o governo xiita de Maliki pediu apoio aéreo dos EUA para combater os sunitas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Isil, na sigla em inglês) que dominaram cidades do norte iraquiano.
O general não disse se Washington atenderá ao pedido, mas deu a entender que os militares norte-americanos --aparentemente como Obama-- não têm pressa de lançar ataques aéreos no Iraque, citando a necessidade de esclarecer a situação caótica no país para que quaisquer alvos sejam selecionados “responsavelmente”.
Em conversas no Salão Oval, Obama informou aos congressistas sobre os esforços para fazer os líderes iraquianos “colocarem de lado os interesses sectários”, analisou as opções para uma “assistência de segurança reforçada” e consultou a opinião deles, informou a Casa Branca.
Uma fonte de segurança nacional norte-americana disse que o governo Obama começou a consultar discretamente o Congresso sobre um plano para redirecionar parte do financiamento de inteligência atual para ajudar a financiar uma expansão de operações do país no Iraque.
Os Estados Unidos, que invadiram o Iraque em 2003, depuseram o líder Saddam Hussein e retiraram as tropas norte-americanas em 2011, disseram que o governo iraquiano deve adotar medidas para a reconciliação sectária antes de Obama decidir sobre qualquer ação militar contra a insurgência do Isil, grupo dissidente da Al Qaeda.
Até agora, Maliki demonstrou pouca disposição para criar um governo mais inclusivo.
"Francamente, se vocês quiserem qualquer reconciliação, Maliki tem que sair”, declarou a senadora democrata e presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein.