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Em testamento, Bin Laden deixou US$ 29 mi para guerra santa

Novos documentos revelados hoje pelo governo dos Estados Unidos mostram destino de fortuna do ex-líder da rede global terrorista Al Qaeda

Analista de inteligência dos EUA investiga escritos de Osama Bin Laden: documentos foram recuperados em 2001 durante a operação em Abbotabad, Paquistão, e que resultou na morte do terrorista (Brian Murphy/ODNI Public Affairs)

Analista de inteligência dos EUA investiga escritos de Osama Bin Laden: documentos foram recuperados em 2001 durante a operação em Abbotabad, Paquistão, e que resultou na morte do terrorista (Brian Murphy/ODNI Public Affairs)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 1 de março de 2016 às 17h46.

São Paulo – Novos detalhes sobre a vida de Osama Bin Laden, sua liderança e organização da rede terrorista Al Qaeda foram revelados hoje pelo governo dos Estados Unidos. Em maio do ano passado, autoridades já haviam liberado o acesso ao público a dezenas de cartas e bens do ex-líder da rede terrorista

Os documentos foram recuperados em 2001 durante a operação em seu esconderijo na cidade de Abbotabad, Paquistão, e que resultou na sua morte.

Dentre os escritos de Bin Laden revelados hoje, consta um testamento no qual ele ditava os rumos de um montante de 29 milhões de dólares que estavam no Sudão. Seu desejo? Que a maior parte dessa fortuna fosse usada para financiar a guerra santa. O restante deveria ser dividido entre seus familiares.

Traduzidos por uma equipe de especialistas ligados ao Escritório do Diretor Nacional de Inteligência (ODNI), os documentos tratam de diferentes assuntos. Para as autoridades americanas, Bin Laden tentava manter as aparências de que a rede Al Qaeda era uma organização estruturada e firme.

O teor dos documentos, contudo, mostram outra coisa: confusões entre os oficiais do alto escalão e a crescente ruptura entre a rede global e seu braço no Iraque. Esse desligamento mais tarde deu origem ao Estado Islâmico (EI), grupo extremista em atividade no Iraque e na Síria com quem a Al Qaeda rompeu no início de 2014.

Em outra carta, esta endereçada à “Comunidade Islâmica em Geral”, Bin Laden trouxe um panorama dos progressos de sua "guerra contra os infiéis" e tentou ligar os ataques às Torres Gêmeas em 9 de setembro de 2011 aos problemas financeiros enfrentados pelo país a partir de 2008. 

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