Mundo

Em semana vitoriosa, Trump pode ser absolvido no Senado

O presidente americano deve ser definitivamente absolvido em seu processo de impeachment nesta quarta-feira

Trump em discurso: semana de vitórias (Joshua Roberts/Reuters)

Trump em discurso: semana de vitórias (Joshua Roberts/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 06h55.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2020 às 07h23.

São Paulo — Donald Trump está vivendo uma semana e tanto. Bom para ele e péssima para o Partido Democrata. Depois do vexame de seus oponentes nas primárias em Iowa, cujo resultado teve de ser adiado, o presidente dos Estados Unidos deve ser absolvido no julgamento de impeachment no Senado, processo iniciado pelos democratas na Câmara. A decisão final do Senado deve acontecer nesta quarta-feira.

Na noite de ontem, Trump usou o seu discurso anual no Congresso americano para reforçar uma ideia de que houve uma espécie de retorno da grandeza dos Estados Unidos em seu governo.

Mas a sua fala também evidenciou as rusgas que o presidente vive hoje com a oposição democrata no Congresso. O líder americano ignorou a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e evitou cumprimentá-la durante o discurso. Ao final, Pelosi rasgou os papéis com a cópia do discurso de Trump.

A novela do processo de impeachment começou em meados do ano passado, quando veio à tona o teor de uma ligação feita por Trump ao presidente da Ucrânia. Nela, o republicano teria pressionado o líder ucraniano a investigar o envolvimento de Hunter Biden, filho de Joe Biden, seu maior rival na corrida presidencial até o momento, em um escândalo de corrupção no país europeu. O republicano nega a ilegalidade.

Agora, Trump estará livre de qualquer acusação de má conduta e pronto para seguir adiante com a sua campanha para a reeleição.

Não que o impeachment tenha machucado essa pretensão: ao final de janeiro, a maioria dos americanos já se manifestava contra sua remoção do cargo (48,2% contra 47,7%, segundo o site RealClearPolitics) e, entre os eleitores republicanos, sua aprovação estava em 94%, de acordo com sondagem da Gallup.

Adiciona-se a essa equação o bom desempenho da economia americana e Trump pode estar diante de uma fórmula de sucesso, capaz de alçá-lo a mais quatro anos de Casa Branca. Para a consultoria Eurasia, hoje as chances de Trump ser reeleito para mais um termo como presidente dos Estados Unidos está em 60%.

E isso muito em razão do apoio cada vez maior que ele vem recebendo nos estados que são considerados chave (os swing states ou estados-pêndulo) para a conquista do chamado número mágico, os 270 delegados que, na prática, elegem a pessoa que ocupará a Casa Branca.

A consultoria considera treze estados com essa característica: Michigan, Pensilvânia, New Hampshire, Wisconsin, Flórida, Minnesota, Nevada, Arizona, Carolina do Norte, Colorado, Geórgia, Virgínia e Ohio. Com exceção da Virgínia, a aprovação de Trump só cresce em todos eles. Outra péssima notícia para os democratas.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Exame Hoje

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem