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Em reunião no Japão, EUA advertem China sobre exportações

Presidente Obama pediu que países superavitários não dependam das esportações para crescer

Obama deve encontrar dificuldades em aprovar mudanças ambientais após vitória dos republicanos (Win McNamee/Getty Images)

Obama deve encontrar dificuldades em aprovar mudanças ambientais após vitória dos republicanos (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 14h39.

Yokohama- O presidente dos Estados Unidos,  Barack Obama,  pediu que economias superavitárias como a China ponham fim à sua dependência da exportação para o crescimento econômico. Mas o presidente da China, Hu Jintao, advertiu que as reformas econômicas serão introduzidas gradualmente.\r\n

Os pronunciamentos de Obama e Hu Jintao foram feitos em um evento com empresários durante uma cúpula econômica reunindo países da Ásia e do Pacífico. O evento foi realizado um dia depois do encontro em Seul do grupo de 20 maiores economias mundiais. A reunião do G20 obteve apenas compromissos vagos sobre medidas para manter uma economia fragilizada nos trilhos.

Os líderes americano e chinês se juntaram a outros representantes dos países que integram a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) para um final de semana de reuniões sobre políticas que possam assegurar crescimento equilibrado e a criação de uma grande área de livre comércio na região de maior crescimento econômico mundial.

"Uma das lições importantes que a crise econômica nos ensinou diz respeito aos limites de se depender primordialmente dos consumidores americanos e das exportações asiáticas para estimular o crescimento econômico", afirmou Obama.

"No futuro, nenhuma nação deve contar com o fato de que seu caminho para a prosperidade será simplesmente pavimentado com exportações para os Estados Unidos", afirmou o líder americano em uma viagem de dez dias que o levou também para Índia, Indonésia e Coreia do Sul.


Os Estados Unidos e a China vêm trocando acusações sobre quem estaria causando mais estragos ao comércio internacional. O governo americano argumenta que o yuan é subvalorizado, o que lhe confere uma vantagem na área de exportações. Os chineses alegam que a política de crédito fácil do Federal Reserve (o Banco Central americano) visa a enfraquecer o dólar e estimular exportações.

Hu, que discursou pouco após Obama, disse a empresários que a China quer expandir sua demanda interna e mantém a política de reformar sua taxa de juros "na base da manutenção de iniciativa, controlabilidade e gradualidade".

"A China vai continuar a fazer um balanço de pagamentos internacionais estimulante, o que constitui uma tarefa importante em assegurar a estabilidade macroeconômica", afirmou Hu.

Os países do G20 estão tentando achar maneiras de reduzir superávists excessivamente elevados e déficits entre as grandes economias, de modo a evitar um protecionismo potencialmente destrutivo.

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