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Em jornais, ricaços de Hong Kong "protestam" contra os protestos

A elite empresarial decidiu entrar em cena para manifestar sua oposição aos violentos protestos que abalaram os negócios em Hong Kong

Confronto entre manifestantes e policiais no aeroporto de Hong Kong: protestos contra um projeto de lei de extradição se ampliaram e são contra o controle de Pequim sobre Hong Kong (Thomas Peter/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 15 de agosto de 2019 às 18h19.

(Bloomberg) --A elite empresarial de Hong Kong decidiu entrar em cena para manifestar sua oposição aos violentos protestos que abalaram os negócios na cidade e reduziram bilhões de dólares em valor de mercado das empresas.

Em anúncios de página inteira e de meia página publicados em jornais na quarta e quinta-feira, conglomerados como o fundado por Li Ka-shing, de 91 anos, a pessoa mais rica da cidade, e por Henry Cheng, que comanda um império imobiliário e de joias, pediram a restauração da ordem e do estado de direito.

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Alguns manifestaram apoio às autoridades da cidade, que recebem ajuda de Pequim, em seus esforços para acabar com os tumultos.

O que começou como protestos contra um projeto de lei de extradição há mais de dois meses se ampliou em demonstrações contínuas contra o controle de Pequim sobre a cidade chinesa semiautônoma.

Pelo menos sete empresas, todas entre as 10 com os piores desempenhos no índice de referência Hang Seng ao longo do mês passado, publicaram anúncios depois que a agitação sacudiu o centro financeiro da Ásia.

"Salvar a economia, salvaguardar os meios de subsistência", dizia o anúncio da New World Development, de Cheng, que foi escolhida para construir um complexo com shopping e entretenimento de HK$ 20 bilhões no aeroporto internacional de Hong Kong.

O anúncio do Group CK, de Li, instava os leitores a “reconstruir uma sociedade harmoniosa”. A Henderson Land Development, uma das maiores incorporadoras da cidade, perguntava: "uma Hong Kong colapsada beneficiaria você ou à sua família?"

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