Em despedida, Gleisi valoriza experiência no Parlamento
Depois de ler seu discurso em um iPad na tribuna do Senado, nova ministra da Casa Civil recebeu elogios da oposição
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2011 às 16h24.
Brasília - Em seu discurso de despedida do Senado, a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que cumprirá sua missão no Executivo levando em conta a experiência no Parlamento. Citando um ensinamento bíblico, Gleisi afirmou que sua responsabilidade aumentará no projeto presidencial com o qual já estava comprometida. "Quis Deus que eu ficasse ainda mais próxima (do governo Dilma). A quem muito é dado, muito será cobrado", destacou Gleisi, a um plenário lotado.
No pronunciamento que leu de seu iPad, Gleisi rebateu as críticas da oposição, que comparou a atuação dela no Senado a um "trator". Ela ponderou que o contraditório é "condição da vida parlamentar" e afirmou que não considera o apelido "a melhor metáfora" para quem exerce a política. "Ouvir, debater e construir consensos fazem da democracia o melhor instrumento que temos. O desfecho do debate democrático é a decisão da maioria", concluiu.
Em seu aparte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) propôs uma reflexão a Gleisi e à base governista. "O desfecho é a decisão da maioria, mas não sem antes ouvida a minoria", salientou o tucano. Ele lamentou que a maioria governista não tenha propiciado até agora um "ambiente mais fértil" no Senado para o debate dos grandes temas nacionais. "Tão importante quanto a maioria é o papel da oposição", frisou.
Aécio ainda cumprimentou Gleisi pela experiência parlamentar que ela prometeu levar ao Planalto. "É no Parlamento que compreendemos a nossa dimensão e nos preparamos para o embate democrático", disse o tucano, numa referência ao avô Tancredo Neves, para quem a passagem pelo Parlamento era essencial para um ocupante de cargo no Executivo.
O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), disse que Gleisi era considerada "esquentadinha", mas ressalvou que ele também é. "Isso é qualidade, não é defeito", afirmou. O democrata disse que o êxito de Gleisi na Casa Civil significará "o êxito do Brasil".
O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou que Gleisi tem "capacidade de trabalho, discernimento e tenacidade" para o desempenho do cargo. Marta Suplicy (PT-SP) comemorou que Gleisi será a décima mulher no ministério de Dilma. Lindbergh Farias (PT-RJ) comparou a passagem de Gleisi ao Senado a um "furacão ou uma estrela". E o líder do PT, Humberto Costa (PE), disse que Gleisi dará um "show de bola" na Casa Civil.
A nova ministra abriu o discurso citando o poeta Manoel de Barros, para quem a palavra mais bonita da língua portuguesa é "criança". Para a petista, essa palavra simboliza este momento porque remonta a "início, desafio de aprender cada vez mais". Ela encerrou com os versos de outra poeta, Helena Kolody: "Deus dá a todos uma estrela, uns fazem dela um sol, outros nem conseguem vê-la". Ela concluiu dizendo que espera estar "no primeiro grupo".
Brasília - Em seu discurso de despedida do Senado, a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que cumprirá sua missão no Executivo levando em conta a experiência no Parlamento. Citando um ensinamento bíblico, Gleisi afirmou que sua responsabilidade aumentará no projeto presidencial com o qual já estava comprometida. "Quis Deus que eu ficasse ainda mais próxima (do governo Dilma). A quem muito é dado, muito será cobrado", destacou Gleisi, a um plenário lotado.
No pronunciamento que leu de seu iPad, Gleisi rebateu as críticas da oposição, que comparou a atuação dela no Senado a um "trator". Ela ponderou que o contraditório é "condição da vida parlamentar" e afirmou que não considera o apelido "a melhor metáfora" para quem exerce a política. "Ouvir, debater e construir consensos fazem da democracia o melhor instrumento que temos. O desfecho do debate democrático é a decisão da maioria", concluiu.
Em seu aparte, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) propôs uma reflexão a Gleisi e à base governista. "O desfecho é a decisão da maioria, mas não sem antes ouvida a minoria", salientou o tucano. Ele lamentou que a maioria governista não tenha propiciado até agora um "ambiente mais fértil" no Senado para o debate dos grandes temas nacionais. "Tão importante quanto a maioria é o papel da oposição", frisou.
Aécio ainda cumprimentou Gleisi pela experiência parlamentar que ela prometeu levar ao Planalto. "É no Parlamento que compreendemos a nossa dimensão e nos preparamos para o embate democrático", disse o tucano, numa referência ao avô Tancredo Neves, para quem a passagem pelo Parlamento era essencial para um ocupante de cargo no Executivo.
O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), disse que Gleisi era considerada "esquentadinha", mas ressalvou que ele também é. "Isso é qualidade, não é defeito", afirmou. O democrata disse que o êxito de Gleisi na Casa Civil significará "o êxito do Brasil".
O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou que Gleisi tem "capacidade de trabalho, discernimento e tenacidade" para o desempenho do cargo. Marta Suplicy (PT-SP) comemorou que Gleisi será a décima mulher no ministério de Dilma. Lindbergh Farias (PT-RJ) comparou a passagem de Gleisi ao Senado a um "furacão ou uma estrela". E o líder do PT, Humberto Costa (PE), disse que Gleisi dará um "show de bola" na Casa Civil.
A nova ministra abriu o discurso citando o poeta Manoel de Barros, para quem a palavra mais bonita da língua portuguesa é "criança". Para a petista, essa palavra simboliza este momento porque remonta a "início, desafio de aprender cada vez mais". Ela encerrou com os versos de outra poeta, Helena Kolody: "Deus dá a todos uma estrela, uns fazem dela um sol, outros nem conseguem vê-la". Ela concluiu dizendo que espera estar "no primeiro grupo".