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Francisco pede que Maduro e oposição se respeitem

Em carta, papa Francisco pediu ao governo e à oposição que não se detenham perante a "conjuntura do que é conflituoso"

Estudantes venezuelanos se protegem de um canhão d'água durante uma manifestação contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas (Christian Veron/Reuters)

Estudantes venezuelanos se protegem de um canhão d'água durante uma manifestação contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas (Christian Veron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 23h06.

Caracas - O papa Francisco pediu nesta quinta-feira ao governo de Nicolás Maduro e à oposição venezuelana que se respeitem e perdoem e que não se detenham perante a "conjuntura do que é conflituoso".

"Abram-se uns aos outros para ser e tornar-se autênticos construtores de paz. O centro de cada diálogo sincero está no reconhecimento e no respeito pelo outro", declarou Francisco na carta lida pelo núncio apostólico em Caracas, Aldo Giordano.No texto, lido na sessão do diálogo transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão, o papa agradeceu o convite a participar do processo de diálogo e ressaltou que nesse caminho à paz, "está o heroísmo do perdão" que salva "do ressentimento, do ódio".

Além disso, o sumo pontífice declarou que se trata de "um caminho longo e difícil que requer paciência e coragem, mas que é o único que pode dirigir à paz e à justiça pelo bem de todo o povo".

Francisco pediu, pelo futuro dos filhos dos venezuelanos, que as partes tenham "essa coragem" de ir a esse reconhecimento e enviou suas bênçãos ao diálogo que se iniciou hoje formalmente entre a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e o governo de Maduro.

A reunião, realizada no palácio presidencial de Miraflores, também contou com a presença de três chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), entre eles o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.

A Venezuela vive desde o dia 12 de fevereiro uma série de protestos antigovernamentais, que em algumas ocasiões tornaram-se violentos e que deixaram um saldo de 39 mortos, centenas de feridos e detidos.

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