Mundo

ELN reivindica atentado e é criticado pelo governo colombiano

Segundo o governo, o ELN "está muito equivocado" se pensa que com ataques conseguirá um cessar-fogo

Ataque: a guerrilha assumiu um ataque que na semana passada deixou um policial morto e vários feridos em Bogotá (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Ataque: a guerrilha assumiu um ataque que na semana passada deixou um policial morto e vários feridos em Bogotá (Jaime Saldarriaga/Reuters)

A

AFP

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 10h33.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2017 às 10h34.

O ELN, última guerrilha ativa na Colômbia e atualmente em diálogo de paz com o governo, "está muito equivocado" se pensa que com ataques como o que matou um policial em Bogotá conseguirá um cessar-fogo, afirmou nesta segunda-feira o chefe dos negociadores do governo colombiano.

"Se o ELN acredita que com atos terroristas como o de La Macarena (cuja autoria reconhece agora com cinismo) vai pressionar um cessar-fogo está muito equivocado. O cessar-fogo será alcançado quando o ELN compreender que a ele se chega desescalando, não escalando o conflito", escreveu Juan Camilo Restrepo no Twitter.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), criado em 1964, assumiu o ataque com explosivos na semana passada perto de uma praça de touros em Bogotá, que deixou um policial morto e várias pessoas gravemente feridas, além de ter provocado danos materiais.

Horas antes de assumir o ataque fatal em Bogotá, o ELN também havia reivindicado o ataque com explosivos contra uma patrulha militar em 14 de fevereiro na região leste da Colômbia, que deixou dois soldados feridos, assim como vários atentados contra o oleoduto Caño Limón Coveñas.

No domingo, Restrepo já havia criticado as ações "terroristas" do ELN, atribuídas pelas autoridades a esta guerrilha, com a advertência de que afastam a possibilidade de obter um cessar-fogo nas negociações que acontecem em Quito.

O ELN e o governo de Juan Manuel Santos iniciaram em 7 de fevereiro em Quito diálogos de paz para superar mais de meio século de confronto.

No dia 16 de fevereiro, as partes anunciaram que estudavam as maneiras de conseguir chegar a um cessar-fogo bilateral o mais rápido possível.

Santos, vencedor do Nobel da Paz, pretende fechar um acordo com o ELN para alcançar a "paz completa", após a assinatura em novembro de um histórico acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), principal e mais antiga guerrilha do país.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaMortes

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem