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ELN libertou 26 reféns desde dezembro, anuncia governo da Colômbia

No último dia 20, os rebeldes anunciaram "o congelamento" dos diálogos, alegando violações do acordo

ELN: "Podemos afirmar, hoje, que nenhuma dessas pessoas se encontra em cativeiro", afirmou a delegação oficial na rede social X (AFP Photo)

ELN: "Podemos afirmar, hoje, que nenhuma dessas pessoas se encontra em cativeiro", afirmou a delegação oficial na rede social X (AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 06h41.

O Exército de Libertação Nacional (ELN) libertou 26 reféns desde dezembro, respeitando o compromisso que a guerrilha assumiu com o governo da Colômbia, informou nesta quarta-feira, 28, a delegação oficial na mesa de negociações de paz.

No fim do ano passado, os delegados do presidente esquerdista Gustavo Petro entregaram ao ELN, na Cidade do México, uma lista com o nome das pessoas que os rebeldes tinham em seu poder e lhes pediu que as libertassem. A guerrilha correspondeu e entregou às autoridades os 26 reféns, em diferentes datas.

"Podemos afirmar, hoje, que nenhuma dessas pessoas se encontra em cativeiro", afirmou a delegação oficial na rede social X, sem informar se outras pessoas foram sequestradas nesse intervalo.

Também na capital mexicana, a guerrilha e o governo concordaram com “a suspensão das retenções com fins econômicos” na Colômbia, uma prática que, segundo o grupo armado, faz parte das suas fontes de financiamento. Isso ocorreu depois que o pai do jogador de futebol Luis Díaz foi sequestrado e mantido em cativeiro por 12 dias até a sua libertação, em novembro. Desde então, as negociações entraram em crise.

No último dia 20, os rebeldes anunciaram "o congelamento" dos diálogos, alegando violações do acordo. Seis dias depois, as partes anunciaram em Havana que irão retomar o processo.

A promotoria afirma que grupos criminosos realizam os sequestros e, posteriormente, o ELN compra os reféns para pedir recompensas em troca da sua libertação.

Primeiro esquerdista a chegar ao poder na Colômbia, Petro aposta em uma saída final negociada para seis décadas de conflito armado e violência, que já fizeram mais de 9 milhões de vítimas.

Armado desde 1964, o ELN conta com uma força de 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, segundo a inteligência militar.

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