Eleições EUA: Obama pode voltar a ser presidente?
Entenda por que o ex-presidente democrata não pode ser candidato a novo mandato pela Casa Branca nos EUA
Redação Exame
Publicado em 3 de novembro de 2024 às 16h06.
Os Estados Unidos vão às urnas no dia 5 de novembro para escolher seu novo presidente. A disputa se dá entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris.
Atualmente vice-presidente dos EUA, Kamala foi se tornou a candidata do partido somente após o atual presidente Joe Biden desistir, em julho, de sua campanha por segundo mandato. No início de agosto, a democrata obteve votos suficientes para ser nomeada a candidata oficial do Partido à Presidência.
A desistência de Biden, porém, trouxe à época especulações nas redes sociais se o democrata que o antecedeu, o ex-presidente Barack Obama, poderia concorrer a um terceiro mandato na Casa Branca. O que volta a ser uma dúvida em uma eventual derrota de Kamala para Trump.
Mas, pela lei americana, Obama não pode mais se candidatar ao cargo por já ter cumprido dois mandatos.
Entenda por que Obama não pode voltar a ser presidente
Segundo a 22ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, "nenhuma pessoa será eleita para o cargo de Presidente mais de duas vezes".
A normativa, ratificada em fevereiro de 1951, evidencia que quem já cumpriu dois mandatos como presidente está constitucionalmente impedido de se candidatar novamente. Obama foi presidente do país entre 2009 e 2017.
A regra é diferente do que acontece no Brasil, por exemplo. Aqui, a Constituição diz que o presidente pode ser reeleito "para um único período subsequente". Ou seja, presidentes podem ter três mandatos ou mais desde que não sejam consecutivos, como ocorreu com o presidente Luiz Iná Lula da Silva (PT).
Lula assumiu a presidência em 2003, foi reconduzido ao cargo pelos eleitores em 2006 e não pôde concorrer a um novo ciclo. Mas voltou a disputar a eleição em 2022 e saiu-se vencedor da disputa. Diferentemente da regra estadunidense.
Nesta eleição, Obama apoia a democrata Kamala Harris que, se eleita, pode se tornar a primeira mulher e negra presidente dos Estados Unidos.