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Eleições EUA 2024: Como funciona o Colégio Eleitoral?

Modelo dá mais peso aos estados menores na disputa nacional; para ser eleito, candidato precisa de 270 votos dos delegados

MILWAUKEE, WISCONSIN - 18 DE JULHO: Eugene Bonkoski olha para um mapa do colégio eleitoral C-SPAN no Baird Center em 18 de julho de 2024, no último dia da Convenção Nacional Republicana no centro de Milwaukee, Wisconsin. O ex-presidente Donald Trump deve ser nomeado o candidato presidencial republicano durante a Convenção Nacional Republicana após ser ferido por uma bala em uma tentativa de assassinato em 13 de julho durante um comício de campanha em Butler, Pensilvânia. (Joel Angel Juarez for The Washington Post/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 10h00.

Na próxima terça, 5, os eleitores irão escolher o presidente dos Estados Unidos que ocupará o cargo pelos próximos quatro anos. Os candidatos são a atual vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump.

A polarização entre democratas e republicanos se mantém no pleito deste ano, com as pesquisas mostrando um cenário de empate técnico entre eles, sem que seja possível prever quem vencerá.

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Como funciona o Colégio Eleitoral

A eleição presidencial americana é organizada pelos 50 estados. Cada governo local tem liberdade para organizar a votação como preferir e, ao final, apontar os delegados que votarão no Colégio Eleitoral. O Colégio Eleitoral é formado por 538 delegados. Para ser eleito presidente, é preciso obter ao menos 270 votos deles.

Cada estado tem direito a um número diferente de delegados, com base em sua população em relação ao total do país. Assim, a Califórnia, estado mais populoso, tem 54 representantes. Nenhum estado tem menos de três delegados.

Em 48 estados, o vencedor leva tudo: o candidato presidencial mais votado conquista o direito a indicar todos os delegados daquele estado. A regra não vale apenas no Maine e em Nebraska, onde os delegados são divididos de outras formas. O Maine se divide em quatro distritos eleitorais, e a vitória em cada um deles dá direito a um delegado.

Esse modelo, porém, gera uma distorção: um candidato pode vencer na votação popular, mas não se eleger. Foi o caso de Donald Trump em 2016: Ele obteve 62,9 milhões de votos, menos do que os 65,8 milhões da rival Hillary Clinton, mas levou 306 delegados, ante 232 dela.

O modelo de Colégio Eleitoral dá mais peso aos estados menores na disputa nacional. Com isso, a atenção dos candidatos durante a campanha é maior sobre os locais onde há maior indecisão do que em áreas mais populosas que tendem a eleger sempre o mesmo partido.

Após a votação popular, cada estado soma os votos e aponta um vencedor. O partido do vencedor ganha o direito a nomear quem serão os delegados daquele estado. Até 11 de dezembro, as autoridades dos estados precisam emitir os certificados de verificação, que confirmam quem serão os delegados a votar naquela eleição.

No dia 17 de dezembro, os delegados darão seus votos em seus respectivos estados, que são registrados em seis cópias em papel. Esses votos precisam ser enviados ao presidente do Senado e ao Arquivo Nacional até o dia 25 de dezembro.

No dia 6 de janeiro, os votos dos delegados serão contados em uma sessão conjunta do Congresso, que declara oficialmente quem serão os novos presidente e vice-presidente do país.

A posse do novo mandatário está marcada para 20 de janeiro de 2025, ao meio-dia.

Quando serão as eleições presidenciais dos Estados Unidos?

As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão marcadas para 5 de novembro, terça-feira.As votações sempre são realizadas

Debate entre Kamala Harris e Donald Trump; veja imagens

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