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Eleições argentinas: escolha é entre Cristina e o menos pior

Presidente é a favorita para vencer já no primeiro turno, enquanto a oposição - fraca e dividida - passa praticamente despercebida na preferência dos eleitores

Cristina Kirchner é a favorita nas pesquisas de intenções de votos (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2011 às 10h05.

Neste domingo, os argentinos vão às urnas para escolher o presidente que dará continuidade ao governo de Cristina Kirchner. Porém, tudo indica que não será dessa vez que a atual chefe de estado passará adiante o comando do país que recebeu de seu marido, Néstor Kirchner, há quatro anos

Todas as pesquisas apontam vitória já no primeiro turno da candidata à reeleição pela Frente para a Vitória (FPV): ela aparece com 50% ou mais das intenções de voto quando, para vencer, bastam 45% a um candidato. Uma sondagem feita pelo instituto Poliarquía Consultores, a pedido do jornal La Nación, aponta ainda que 94% dos argentinos acreditam que Cristina permanecerá no cargo.

A alta aprovação da presidente é resultado de três fatores: o crescimento da economia do país, que deve chegar ao recorde de 8% este ano e uma campanha inteligente, que soube incorporar o sentimentalismo e usar o mesmo Néstor Kirchner, morto há um ano, como cabo eleitoral. Até a mensagem "Força Cristina", de apoio para superar a viuvez, tornou-se seu slogan de campanha.

Outra grande vantagem é a fraca - e dividida - oposição argentina. O melhor colocado, o socialista Hermes Binner, segue bem atrás da presidente com míseros 13,6% das intenções de votos. Depois ainda concorrem o radical Ricardo Alfonsín, o governador de San Luis, Alberto Rodríguez Saá, o ex-presidente Eduardo Duhalde e a deputada Elisa Carrió.

Conheça os candidatos que almejam o cargo de Cristina Kirchner:

Hermes Binner: Governador da província de Santa Fé, o socialista é candidato da Frente Ampla Progressista. Nas primárias, ficou em 4º lugar, com 10,18% dos votos. Mas em pesquisas recentes já aparece em 2º nas intenções de votos.

Ricardo Alfonsín: Deputado federal e filho do ex-presidente argentino Raúl Alfonsín (1983-1989), é candidato pela União Cívica Radical. Chegou a alcançar 12,2% dos votos nas primárias, mas teve apenas 9,5% de aprovação nas últimas pesquisas.

Alberto Rodríguez Saá: O governador da província de San Luis - irmão de Adolfo Rodríguez Saá, que passou brevemente pela Presidência em 2001 -, é candidato pela Frente Justiça, União e Liberdade. Segundo pesquisas, tem 8,2% das intenções de votos.

Eduardo Duhalde: O ex-presidente argentino (2002-2003), um peronista dissidente, é candidato pela Frente Popular. Nas primárias de 14 de agosto, alcançou 12,12% dos votos, mas não passou dos 7,8% de aprovação nas últimas sondagens.

Elisa Carrió: A deputada - que foi ao segundo turno nas últimas eleições presidenciais de 2007, perdendo para a atual mandatária -, é candidata pela Coalizão Cívica. Ela teve 3% dos votos nas eleições primárias de 14 de agosto.

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Neste domingo, os argentinos vão às urnas para escolher o presidente que dará continuidade ao governo de Cristina Kirchner. Porém, tudo indica que não será dessa vez que a atual chefe de estado passará adiante o comando do país que recebeu de seu marido, Néstor Kirchner, há quatro anos

Todas as pesquisas apontam vitória já no primeiro turno da candidata à reeleição pela Frente para a Vitória (FPV): ela aparece com 50% ou mais das intenções de voto quando, para vencer, bastam 45% a um candidato. Uma sondagem feita pelo instituto Poliarquía Consultores, a pedido do jornal La Nación, aponta ainda que 94% dos argentinos acreditam que Cristina permanecerá no cargo.

A alta aprovação da presidente é resultado de três fatores: o crescimento da economia do país, que deve chegar ao recorde de 8% este ano e uma campanha inteligente, que soube incorporar o sentimentalismo e usar o mesmo Néstor Kirchner, morto há um ano, como cabo eleitoral. Até a mensagem "Força Cristina", de apoio para superar a viuvez, tornou-se seu slogan de campanha.

Outra grande vantagem é a fraca - e dividida - oposição argentina. O melhor colocado, o socialista Hermes Binner, segue bem atrás da presidente com míseros 13,6% das intenções de votos. Depois ainda concorrem o radical Ricardo Alfonsín, o governador de San Luis, Alberto Rodríguez Saá, o ex-presidente Eduardo Duhalde e a deputada Elisa Carrió.

Conheça os candidatos que almejam o cargo de Cristina Kirchner:

Hermes Binner: Governador da província de Santa Fé, o socialista é candidato da Frente Ampla Progressista. Nas primárias, ficou em 4º lugar, com 10,18% dos votos. Mas em pesquisas recentes já aparece em 2º nas intenções de votos.

Ricardo Alfonsín: Deputado federal e filho do ex-presidente argentino Raúl Alfonsín (1983-1989), é candidato pela União Cívica Radical. Chegou a alcançar 12,2% dos votos nas primárias, mas teve apenas 9,5% de aprovação nas últimas pesquisas.

Alberto Rodríguez Saá: O governador da província de San Luis - irmão de Adolfo Rodríguez Saá, que passou brevemente pela Presidência em 2001 -, é candidato pela Frente Justiça, União e Liberdade. Segundo pesquisas, tem 8,2% das intenções de votos.

Eduardo Duhalde: O ex-presidente argentino (2002-2003), um peronista dissidente, é candidato pela Frente Popular. Nas primárias de 14 de agosto, alcançou 12,12% dos votos, mas não passou dos 7,8% de aprovação nas últimas sondagens.

Elisa Carrió: A deputada - que foi ao segundo turno nas últimas eleições presidenciais de 2007, perdendo para a atual mandatária -, é candidata pela Coalizão Cívica. Ela teve 3% dos votos nas eleições primárias de 14 de agosto.

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