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Biden vence no Arizona, primeiro democrata a vencer no estado em 20 anos

Biden ganhou no Arizona com margem apertada, de 11.000 votos. O resultado amplia sua vitória na eleição nacional, com 290 delegados contra 217 de Trump

Eleições americanas: Biden somou outros 11 votos no Colégio Eleitoral após a vitória no Arizona (Jonathan Ernst/Reuters)

Eleições americanas: Biden somou outros 11 votos no Colégio Eleitoral após a vitória no Arizona (Jonathan Ernst/Reuters)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 06h53.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 12h05.

O candidato democrata Joe Biden venceu no estado do Arizona, conforme as projeções dos canais de televisão dos Estados Unidos na madrugada desta sexta-feira, 13. Com o resultado, Biden consolidou a liderança em votos no colégio eleitoral, passando a ter 290 votos contra 217 do presidente Donald Trump. 

A liderança de Biden no Arizona (que tem 11 votos no colégio eleitoral) é de pouco mais de 11.000 votos, uma disputa apertada no estado. Um democrata não vencia no Arizona desde Bill Clinton na campanha de sua reeleição em 1996.

Neste ano, Biden teve vantagem grande em regiões metropolitanas do Arizona, como Phoenix, e entre os latinos do estado, que faz fronteira com o México, sobretudo os mais jovens.

O Arizona é estado do ex-senador e ex-candidato à presidente John McCain, que concorreu contra Obama e morreu em 2018. Herói de guerra, McCain era símbolo de uma ala "tradicional" do Partido Republicano que nunca se deu bem com Trump.

Nesta eleição, um vídeo do discurso de McCain parabenizando Barack Obama pela vitória em 2008 e aceitando o resultado viralizou na internet em meio às acusações de fraude na eleição feitas por Donald Trump.

Diante das desavenças, Trump também ficou marcado por chamar McCain de "perdedor" em uma entrevista, o que muitos analistas apontam como um dos motivos para sua derrocada no Arizona, onde o senador era altamente popular.

A vitória no Arizona é símbolo de uma mudança dramática nos resultados de importantes estados do Sul dos EUA, tradicionalmente republicano.

Na Geórgia, estado vizinho da Flórida e do sudeste americano, Biden lidera com margem apertada. Se confirmada a vantagem, será a primeira vitória de um presidenciável democrata no estado também desde Bill Clinton, há mais de 20 anos.

Autoridades do estado ordenaram uma recontagem nesta semana devido à diferença pequena de votos entre os candidatos, mas o desempenho de Biden já marca um dos melhores resultados para os democratas em décadas.

Biden e sua vice, Kamala Harris, conseguiram sobretudo voto do eleitorado negro na Geórgia (que é um terço do estado) e de regiões metropolitanas, como Atlanta. Os esforços de ativistas para registrar eleitores negros, como da ex-candidata a governadora Stacey Abrams, também foram destaque nesta eleição e ajudaram os democratas a conseguirem uma leva histórica de eleitores no Sul dos Estados Unidos.

Além da recontagem na Geórgia, ainda faltam os resultados da eleição na Carolina do Norte, onde Trump lidera. Mas os resultados que faltam não são suficientes para alterar o resultado da eleição.

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