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EI pede que moradores de Mossul doem sangue aos jihadistas

Destacado dirigente do Estado Islâmico pediu aos moradores de Mossul que doem sangue para jihadistas feridos


	Combatentes do Estado Islâmico na Síria: Estado Islâmico lançou uma ofensiva relâmpago em junho
 (AFP)

Combatentes do Estado Islâmico na Síria: Estado Islâmico lançou uma ofensiva relâmpago em junho (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 15h52.

Mossul - Um destacado dirigente do grupo Estado Islâmico (EI) e imã da cidade iraquiana de Mossul, o xeque Abdelaziz al Metiuti, pediu nesta sexta-feira aos moradores que doem sangue para os jihadistas feridos pelos bombardeios da coalizão internacional.

O clérigo fez o pedido durante a reza comunitária do meio-dia, realizada na mesquita Qobá, situada no bairro de Sumer, no sul de Mossul.

Em seu discurso, o xeque pediu às pessoas que doem sangue e ajudem os feridos nos hospitais da cidade, "porque se esgotaram as reservas de sangue e os hospitais estão repletos de mujahedins (combatentes islâmicos) feridos, que lutam contra os inimigos de Alá".

Nesse sentido, o xeque assegurou que os muçulmanos "estão sofrendo um genocídio nas mãos de coalizões que atacam os combatentes em Mossul, das províncias de Al-Anbar e Saladino, e em outras cidades do Iraque".

Além disso, o clérigo advertiu que as milícias xiitas e curdas e a coalizão internacional entrarão em Mossul com o propósito de "atacar os sunitas e suas zonas para pôr fim a sua resistência".

Al Metiuti se uniu à organização extremista Al Tauhid wa Al Jihad (monoteísmo e guerra santa) em meados de 2003, depois da entrada das tropas dos EUA no Iraque, e combateu até que foi detido por essas forças em 2004.

Dois anos depois, foi libertado e em 2008 se uniu à rede terrorista Al Qaeda, onde foi designado um de seus líderes.

No ano 2012, foi detido pela polícia em um hospital de Mossul, quando era submetido a uma operação, mas foi deixado em liberdade poucos dias depois em circunstâncias estranhas.

Depois da entrada dos combatentes do EI em Mossul, em junho, o xeque foi nomeado por essa organização juiz da Corte Religiosa jihadista e também imã da mesquita de Qobá.

O Estado Islâmico lançou uma ofensiva relâmpago em junho e dominou amplas zonas do norte e centro do Iraque, e proclamou um califado neste país e na vizinha Síria no final desse mês.

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