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EI busca aliança com Al Qaeda, diz vice-presidente do Iraque

O Estado Islâmico se separou da Al Qaeda em 2014 e desde então os dois grupos vêm disputando recrutas, financiamento e o predomínio da jihad global

EI: não está claro exatamente como as duas facções trabalhariam juntas, disse o vice iraquiano (foto/Reuters)

EI: não está claro exatamente como as duas facções trabalhariam juntas, disse o vice iraquiano (foto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2017 às 16h10.

Bagdá - O Estado Islâmico está conversando com a Al Qaeda a respeito de uma possível aliança no momento em que soldados do Iraque se aproximam de seus combatentes em Mosul, disse o vice-presidente iraquiano, Ayad Allawi, em uma entrevista nesta segunda-feira.

Allawi afirmou ter obtido a informação nesta segunda-feira de contatos iraquianos e regionais com amplo conhecimento de seu país.

"A discussão já começou", contou ele. "Há discussões e diálogo entre mensageiros representando Baghdadi e representando Zawahiri", afirmou, referindo-se ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al Baghdadi, e a Ayman al Zawahiri, o chefe da Al Qaeda.

O Estado Islâmico se separou da Al Qaeda em 2014 e desde então os dois grupos vêm disputando recrutas, financiamento e o predomínio da jihad global.

Zawahiri já criticou o Estado Islâmico publicamente por seus métodos brutais, que incluem decapitações, afogamentos e imolações.

Não está claro exatamente como as duas facções trabalhariam juntas, disse Allawi.

O Estado Islâmico dominou vastas áreas do norte do Iraque em 2014, deixando o governo central impotente. Baghdadi declarou um califado sobre o território que o grupo controlava da mesquita de Al-Nuri, em Mosul, no mesmo ano, o que também se tornou um motivo de discórdia com a Al Qaeda.

Em outubro passado, forças de segurança iraquianas e combatentes xiitas voluntários, conhecidos popularmente como Unidades de Mobilização Popular, juntaram-se a uma coalizão internacional que inclui os Estados Unidos para expulsar o Estado Islâmico de Mosul e de áreas ao redor da cidade.

Mesmo que o grupo militante perca seus territórios no Iraque, não irá simplesmente desaparecer, disse Allawi.

"Eles irão continuar clandestinamente em células dormentes, espalhando seu veneno por todo o mundo".

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