Egito: salafismo, uma corrente sunita do Islã
O salafismo progrediu em sua primeira participação nas eleições egípcias
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h24.
Cairo - O salafismo, ao qual diz pertencer o partido egípcio Al-Nur, que progrediu em sua primeira participação nas eleições, é uma corrente severa do Islã sunita, baseada em uma interpretação estrita e literal do Alcorão.
Trata-se de uma escola fundamentalista sunita, que se dedica principalmente a reproduzir a forma de vida dos "salaf", palavra árabe que designa "os ancestrais piedosos" (Maomé e seus companheiros).
Adeptos de uma leitura literal do livro sagrado, os salafistas imitam fundamentalmente a forma de vestir dos "salaf" e usam, como eles, barba longa sem bigode. As mulheres vestem o niqab, véu que cobre o corpo e o rosto integralmente, deixando à mostra apenas os olhos.
Preconizam a aplicação integral da sharia (lei islâmica), com a separação estrita dos sexos e, como se consideram os representantes do "verdadeiro" Islã, defendem a purificação desta religião de toda influência estrangeira.
Rejeitam as quatro escolas tradicionais do direito muçulmano e se inspiram unicamente no Alcorão e na Suna, a tradição profética.
São conservadores em seu comportamento, nas questões sociais e nos costumes, mas relativamente liberais em nível econômico.
O principal teórico deste movimento é Mohamed Ibn Abdel Wahab. Sua doutrina, o wahabismo, fundado no século XVIII, está vigente no reino ultraconservador saudita, onde surgiu.
Tradicionalmente, os salafistas se mantêm afastados da política, pois consideram que a democracia e as eleições são invenções humanas não conformes à lei divina. Os salafistas egípcios se afastaram desta interpretação para disputar as legislativas.
Cairo - O salafismo, ao qual diz pertencer o partido egípcio Al-Nur, que progrediu em sua primeira participação nas eleições, é uma corrente severa do Islã sunita, baseada em uma interpretação estrita e literal do Alcorão.
Trata-se de uma escola fundamentalista sunita, que se dedica principalmente a reproduzir a forma de vida dos "salaf", palavra árabe que designa "os ancestrais piedosos" (Maomé e seus companheiros).
Adeptos de uma leitura literal do livro sagrado, os salafistas imitam fundamentalmente a forma de vestir dos "salaf" e usam, como eles, barba longa sem bigode. As mulheres vestem o niqab, véu que cobre o corpo e o rosto integralmente, deixando à mostra apenas os olhos.
Preconizam a aplicação integral da sharia (lei islâmica), com a separação estrita dos sexos e, como se consideram os representantes do "verdadeiro" Islã, defendem a purificação desta religião de toda influência estrangeira.
Rejeitam as quatro escolas tradicionais do direito muçulmano e se inspiram unicamente no Alcorão e na Suna, a tradição profética.
São conservadores em seu comportamento, nas questões sociais e nos costumes, mas relativamente liberais em nível econômico.
O principal teórico deste movimento é Mohamed Ibn Abdel Wahab. Sua doutrina, o wahabismo, fundado no século XVIII, está vigente no reino ultraconservador saudita, onde surgiu.
Tradicionalmente, os salafistas se mantêm afastados da política, pois consideram que a democracia e as eleições são invenções humanas não conformes à lei divina. Os salafistas egípcios se afastaram desta interpretação para disputar as legislativas.