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Egito prende 7 pessoas por exibir bandeira LGBT durante show

Uma equipe de investigadores da polícia analisou as câmeras de segurança após o show da banda libanesa Mashrou Leila para fazer as detenções

Bandeira: o símbolo do movimento LGBT raramente é visto no Egito (Marko Djurica/Reuters)

Bandeira: o símbolo do movimento LGBT raramente é visto no Egito (Marko Djurica/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 16h54.

Cairo - As forças de segurança egípcias detiveram nesta segunda-feira sete pessoas por exibir a bandeira do arco-íris em um show da famosa banda libanesa Mashrou Leila no Cairo na sexta-feira passada, confirmou à Agência Efe uma fonte de segurança.

A fonte detalhou que uma equipe de investigadores da polícia analisou as câmeras de segurança após o show para poder deter os portadores das bandeiras, que são raramente vistas no país.

Além disso, acrescentou que os sete estão acusados de "promover a libertinagem e a homossexualidade" e que seu caso foi remitido à Procuradoria Geral para que sejam interrogados.

Ontem à noite, o Colégio de Músicos do Egito pediu a proibição dos shows da Mashrou Leila no país e enviou sua decisão ao conselho diretivo do órgão para que seja aprovada, ainda que esta não seja vinculativa.

O secretário-geral do colégio, Ahmad Ramadan, disse à Efe que o grupo musical está "contra as tradições e costumes do povo egípcio" e o acusou de propagar "as ideias homossexuais" no país árabe muçulmano e conservador.

Ramadan apontou que um dos membros da banda é gay e que anunciou isso publicamente, razão pela qual lhe responsabilizou pela presença de homossexuais ou simpatizantes no show.

"Se tivéssemos sabido da homossexualidade deste membro, teríamos proibido o show antes da sua realização", ressaltou.

Mashrou Leila é um grupo libanês que mistura ritmos pop e indie e tem muitos fãs em todo Oriente Médio, onde seus shows costumam fazer sucesso, ainda que em algumas ocasiões tenham sido proibidos, como no ano passado na Jordânia.

No Egito, se apresentaram pela primeira vez em 2011, após a revolução de 25 de janeiro, e contam com um público fiel, tal como o próprio grupo destacou em seu perfil no Facebook após o show do final de semana.

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