Mundo

Egito: multidões cercam palácio e casa do presidente

O presidente Mohammed Mursi foi retirado do palácio por agentes de segurança

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 22h36.

Cairo - Centenas de milhares de manifestantes se reuniram nesta terça-feira em frente ao palácio presidencial no Cairo, em protesto contra os decretos que deram superpoderes ao presidente Mohammed Mursi. Também ocorreram manifestações contra Mursi em Alexandria, segunda maior cidade do país, com 10 mil pessoas gritando slogans contra o presidente e seu grupo político, a Irmandade Muçulmana.

No Cairo, a polícia tentou dispersar 100 mil manifestantes com gás lacrimogêneo mas não conseguiu. Os manifestantes cortaram o arame farpado e forçaram a polícia a bater em retirada, mas até o começo da noite de hoje ainda não havia invadido o palácio presidencial. Mursi estava no palácio quando o protesto começou mais cedo, mas foi retirado por agentes da segurança e levado para casa. Segundo informações da Agência France Presse (AFP), a tropa de choque protegia a entrada do palácio para evitar uma invasão dos manifestantes.

Os manifestantes, muitos dos quais seculares e esquerdistas, gritam "vá embora" e pedem a renúncia de Mursi, que em 22 de novembro emitiu um decreto que lhe deu superpoderes, ficando acima do judiciário. Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas nos tumultos desta terça-feira, informou a agência de notícias Mena, do governo. Centenas de manifestantes também cercaram a casa de Mursi, em um subúrbio luxuoso perto do Cairo. A multidão não tentou invadir a residência do presidente, mas gritava: "abaixo os filhos dos cachorros" e "nós somos o povo e somos o poder". O cachorro é considerado um animal impuro pelos muçulmanos.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoMohamed MursiPolítica no BrasilPolíticosProtestos

Mais de Mundo

Ucrânia dispara pela primeira vez mísseis de longo alcance dos EUA contra a Rússia, afirma Kremlin

Reis voltam à região devastada em Valência após protestos durante primeira visita ao local

Maduro diz que libertações após crise eleitoral buscam 'justiça'

Tribunal de Hong Kong condena 45 ativistas pró-democracia