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Egito inclui pastor e coptas em lista de procurados

Abdelmegid Mahmoud tomou essa decisão depois que foram apresentadas cinco denúncias pelo polêmico filme, supostamente produzido em território americano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 20h32.

Cairo - A Procuradoria Geral do Egito determinou nesta quarta-feira a inclusão na lista de pessoas procuradas pela justiça do país o pastor americano Terry Jones e nove coptas (cristãos egípcios) que vivem nos Estados Unidos, todos acusados pela realização de um vídeo ofensivo contra o profeta Maomé.

Em comunicado, o porta-voz do Ministério Público, Adel al Said, disse que o procurador-geral, Abdelmegid Mahmoud, tomou essa decisão depois que foram apresentadas cinco denúncias por esse filme, supostamente produzido em território americano.

Segundo as denúncias, alguns coptas moradores dos Estados Unidos participaram com um grupo de atores estrangeiros do filme e de sua divulgação no Facebook e no YouTube.

O vídeo contém - segundo os processos - cenas que configuram ''o crime de ofensa ao Islã e propagam uma ideologia extremista com o objetivo de provocar a discórdia e o menosprezo às religiões monoteístas e danificar a união nacional e alterar a paz social''.

Além de Jones, conhecido por suas ameaças de queimar o Corão, estão entre os acusados o padre egípcio Morqos Aziz e o ativista copta Moris Sadeq, que vivem nos EUA, de acordo com a nota da Procuradoria egípcia.

Com esta medida, se qualquer uma destas dez pessoas entrarem no território egípcio, deverá ser interrogada por este caso e pode ser presa preventivamente.

O filme, postado no YouTube e que tem cerca de 14 minutos de duração, contém cenas da vida do profeta, que é apresentado como fruto de uma relação ilegítima, e nas quais aparece praticando sexo com uma mulher.


Por enquanto, existe confusão sobre a autoria do vídeo, já que enquanto alguns veículos de imprensa egípcios afirmaram que poderiam ser coptas residentes nos EUA, meios internacionais disseram que poderia estar por trás dele um cidadão israelense-americano que vive na Califórnia.

Este vídeo foi a origem de um grande protesto ontem em frente à embaixada dos EUA no Cairo, onde várias pessoas escalaram o muro do complexo diplomático e arrancaram a bandeira do país.

Também em protesto contra o filme, a Irmandade Muçulmana egípcia convocou uma jornada de manifestações na próxima sexta-feira para ''condenar o insulto às crenças religiosas e ao profeta''.

O governo egípcio pediu hoje aos Estados Unidos que adote uma postura firme contra os produtores do vídeo, que qualificou como ''imoral e ofensivo'' contra o profeta Maomé.

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