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Egito: Forças Armadas convocam reunião sobre crise

Desde sábado passado, 24 pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança na praça Tahrir

Manifestantes tentam se proteger das bombas de gás lacrimogêneo no Egito
 (Michele Sibiloni/AFP)

Manifestantes tentam se proteger das bombas de gás lacrimogêneo no Egito (Michele Sibiloni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2011 às 19h33.

Cairo - O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder no Egito desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro passado, convocou na noite desta segunda-feira as forças políticas para uma reunião de emergência, no terceiro dia de sangrentos confrontos no país.

O CSFA "convoca urgentemente todas as forças políticas e nacionais ao diálogo para examinar as causas que agravaram a atual crise e os meios para se encontrar uma saída, o quanto antes, para se preservar a paz nacional", assinala o comunicado.

A reunião ocorre após o Conselho Supremo das Forças Armadas rejeitar a renúncia do governo do primeiro-ministro Esam Sharaf, reagindo ao anúncio do porta-voz do gabinete, Mohamed Hijazi, sobre a saída do governo devido a "circunstâncias difíceis que o país enfrenta atualmente".

Na manhã desta segunda-feira, o ministro egípcio da Cultura, Emad Abu Ghazi, informou sua renúncia para protestar contra a reação do governo diante dos confrontos entre manifestantes e as forças da ordem no Cairo.

Desde sábado passado, 24 pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança na praça Tahrir, no Cairo, e em outras cidades do país.


Os enfrentamentos ocorrem uma semana antes do início das eleições legislativas, no próximo dia 28 de novembro, que tomarão vários meses.

Os manifestantes exigem o fim do governo militar que se instalou após a renúncia de Hosni Mubarak, que acusam de perpetuar o antigo regime e seu sistema repressivo.

Esam Sharaf, nomeado para liderar o governo em março passado, era muito popular no movimento pró-democracia, mas sua imagem ficou manchada diante da tutela das Forças Armadas e da lentidão das reformas.

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