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Egípcios voltam às ruas para exigir renúncia da Junta Militar

Milhares de pessoas participam dos protestos, que até agora não teve confrontos

Os protestos seguem no Egito (Getty Images)

Os protestos seguem no Egito (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 15h27.

Cairo - Milhares de egípcios saíram às ruas nesta sexta-feira para participar de diversas passeatas de protesto contra a Junta Militar, que confluíram na sede do Ministério da Defesa no Cairo, quase sem incidentes registrados.

Segundo a Agência Efe pôde constatar, os manifestantes gritavam palavras de ordem como 'A Revolução não é gratuita' e 'Pan, liberdade e Justiça Social', ao ritmo dos tambores tocado pelos jovens.

Também houve vários chamados para uma greve geral convocada para este sábado, a fim de insistir na renúncia do Conselho Supremo das Forças Armadas e para celebrar o primeiro aniversário da derrocada do presidente Hosni Mubarak.

'A greve é legítima contra a pobreza e a fome' e 'A greve é nossa arma contra a autoridade que nos sacrifica' foram as mensagens gritadas pelos manifestantes durante o trajeto rumo ao bairro de Abassiya, onde fica o Ministério da Defesa, chefiado pelo próprio líder da Junta Militar, marechal Hussein Tantawi.

Ao longo do caminho, vários moradores aplaudiam e animavam os manifestantes quando estes passavam em frente às casas, em uma passeata que ainda transcorre quase sem presença de policiais ou militares.

O prédio do Ministério, protegido por uma grade, estava custodiado por cerca de 100 membros da Polícia Militar.

Entre os manifestantes estava a candidata à Presidência egípcia Bothaina Kamel, a primeira mulher a concorrer ao cargo no país. Ela disse à Efe que, neste sábado, haverá greve em universidades e centros de trabalho e diversas manifestações para exigir aos militares que abandonem o poder.

Este protesto transcorre dias após 15 pessoas morrerem no Cairo e em Suez durante confrontos entre manifestantes e a Polícia, desencadeados após a morte de 74 pessoas em uma partida de futebol em Port Said no último dia 1º. 

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