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Edmundo González Urrutia viajará aos EUA e quer se reunir com Biden

Líder da oposição venezuelana confirmou que viajará, ainda neste sábado, 4, para Montevidéu, onde será recebido pelo presidente cessante do Uruguai, Luis Lacalle Pou

Política internacional: Edmundo Gonzalez Urrutia, líder da oposição venezuelana, viaja neste sábado pela América Latina em busca de apoio para assumir o poder de seu país (Santiago Mazzarovich/AFP)

Política internacional: Edmundo Gonzalez Urrutia, líder da oposição venezuelana, viaja neste sábado pela América Latina em busca de apoio para assumir o poder de seu país (Santiago Mazzarovich/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 4 de janeiro de 2025 às 19h26.

O líder oposicionista venezuelano Edmundo González Urrutia confirmou neste sábado, 4, em Buenos Aires, que viajará para os Estados Unidos nas próximas horas e que planeja se reunir com o presidente Joe Biden como parte de sua viagem internacional antes de 10 de janeiro, quando pretende assumir o governo venezuelano.

"Nesta mesma noite, partiremos para os Estados Unidos", disse González Urrutia em entrevista coletiva realizada na sede do Ministério das Relações Exteriores da Argentina após sua reunião com o presidente Javier Milei na Casa Rosada.

Acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, e pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, González Urrutia confirmou que neste sábado viajará para Montevidéu, onde será recebido pelo presidente cessante do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e depois voará para os Estados Unidos.

"A agenda (nos Estados Unidos) ainda está sendo definida, mas inclui reuniões com líderes políticos representados no Congresso. Também estamos planejando uma conversa com o presidente Biden e estamos aguardando definições sobre as novas autoridades", disse González Urrutia quando perguntado sobre uma possível reunião com Donald Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro.

González Urrutia, de 75 anos, foi o candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), a maior coalizão de oposição venezuelana, nas eleições presidenciais de 28 de julho.

A PUD alega ter coletado, por meio de testemunhas e mesários, mais de 85% das atas eleitorais que, segundo o grupo, mostram González Urrutia como o vencedor das eleições presidenciais, documentos que o governo acusa de serem falsos.

Quando perguntado se estará na Venezuela em 10 de janeiro, apesar do fato de haver um mandado de prisão contra ele e de Maduro ter anunciado uma recompensa por informações que levem à sua prisão, González Urrutia limitou-se a confirmar que viajará ao seu país para tomar posse, sem dar detalhes, alegando razões de segurança.

"Hoje, mais do que nunca, sinto-me geográfica e emocionalmente mais próximo de cumprir o mandato que os venezuelanos nos deram nas eleições de julho", disse o político, indicando que 10 de janeiro será uma "data carregada de emoções".

"Não vou revelar mais do que já disse: que minha intenção é ir à Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com mais de 7 milhões de votos", disse ele, depois de deixar claro que "as circunstâncias são complicadas".

A viagem, que começou neste sábado na Argentina, o levará ao Uruguai, aos Estados Unidos, ao Panamá e à República Dominicana, por enquanto, com o objetivo de reunir apoio para assumir a presidência.

González Urrutia justificou que não viajará ao Chile porque o presidente Gabriel Boric não está em Santiago no momento.

"Entramos em contato com seus colaboradores para marcar uma reunião, mas ele está fora de Santiago, em uma missão, e não é fácil marcar uma reunião em um espaço de tempo tão curto", explicou.

Com relação à visita à Argentina, o político venezuelano disse que "foi um dia extraordinário".

"Discutimos longamente com o presidente Milei, ouvindo suas observações sobre como ele soube administrar a economia argentina e que lições poderíamos aprender com isso", relatou.

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