A economia dos Estados Unidos desacelerou o crescimento, avançando a uma taxa anualizada de 2,5% no segundo trimestre do ano, de acordo com anúncio do Departamento de Comércio dos Estados Unidos feito nesta sexta-feira (28/7).

 Esta é a primeira estimativa do crescimento no período feita pelo governo, e deve sofrer correção nas próximas semanas. A taxa anunciada ficou abaixo das expectativas de analistas, que esperavam, em média, uma alta de 3,2% na economia, segundo pesquisa da Dow Jones Newswires citada pelo jornal americano The Wall Street Journal . No primeiro trimestre do ano, os EUA haviam crescido 5,6% (anualizados).

Os gastos de consumidores, que representam mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, cresceram 2,5%. As compras de bens duráveis caíram, a uma taxa de 0,5% - entre janeiro e março, elas haviam disparado 19,8%. Já as aquisições de bens não duráveis e os serviços avançaram, respectivamente, 1,7% e 3,5%.

A inflação também mostrou força no período entre abril e junho: o índice do governo que apura preços ao consumidor avançou 4,1%, enquanto no primeiro trimestre havia registrado taxa de 2%. Excluídos os gastos com alimentos e energia - medida preferida do banco central americano, o Federal Reserve (Fed) - a inflação foi de 2,9%, também acima dos 2,1% registrados nos três primeiros meses do ano.

O  presidente do Fed, Ben Bernanke, já havia manifestado anteriormente preocupação com a escalada da inflação, mas disse também, na semana passada, que o banco acredita que a moderação da atividade econômica acabará aliviando a pressão sobre os preços. Se confirmada, a tendência poderia levar a instituição a reduzir os controles sobre o crédito, talvez já na próxima reunião do Fed, em agosto.