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É oficial: EUA detecta seu 1º caso da variante ômicron

Paciente com a variante ômicron foi identificado na Califórnia. Na semana passada, governo afirmou que já era provável que a nova variante estivesse circulando no país

Pedestre em Nova York, nos EUA: país registrou primeiro caso oficial da variante ômicron (Michael Nagle/Bloomberg)

Pedestre em Nova York, nos EUA: país registrou primeiro caso oficial da variante ômicron (Michael Nagle/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 16h21.

Última atualização em 1 de dezembro de 2021 às 16h44.

A variante ômicron do coronavírus chegou oficialmente aos Estados Unidos. O primeiro caso com a nova cepa foi identificado na Califórnia, segundo reportaram as autoridades nesta quarta-feira, 1º.

O caso é de um viajante retornando da África do Sul, que desembarcou em território estadunidense em 22 de novembro.

O paciente estava completamente vacinado e, segundo o CDC, centro de controle e prevenção de doenças nos EUA, só apresenta "sintomas leves e que estão melhorando".

Na semana passada, quando cientistas da África do Sul alertaram sobre a existência da variante, autoridades americanas já haviam declarado que era provável que a cepa estivesse circulando nos EUA, ainda que nenhum caso houvesse sido identificado ainda.

Embora o caso na Califórnia seja o primeiro oficialmente confirmado, a projeção é que já haja milhares de infectados com a variante circulando pelo país.

Em uma entrevista ao site Business Insider na terça-feira, 30, Charity Dean, ex-servidor no Departamento de Saúde Pública da Califórnia, estimou que sejam mais de 2.000 casos nos Estados Unidos até agora, com base na velocidade de disseminação da variante globalmente.

Ainda não se sabe se a variante é mais contagiosa que a delta, a cepa de preocupação até então. Os EUA, sobretudo alguns estados específicos, têm um desafio adicional no comate à covid-19, devido às taxas ainda baixas de vacinação.

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Nos EUA, entre a população total, de todas as idades, só 59% têm a vacinação completa. Há estados com vacinação completa ainda na casa dos 50%.

No Brasil, que começou a vacinar amplamente meses depois dos americanos, por falta de vacinas, a fatia de imunizados já passava de 62% na terça-feira.

Ômicron no Brasil

A variante ômicron, descoberta inicialmente por cientistas da África do Sul, já foi identificada em todos os continentes e mais de 20 países.

No Brasil, são três casos até agora, todos em São Paulo.

A Anvisa, agência nacional de vigilância, informou na terça-feira, 30, a identificação dos dois primeiros casos no Brasil, de um casal vindo da África do Sul e que desembarcou no aeroporto em Guarulhos (SP), segundo testes preliminares.

Voos proibidos

Uma série de países ampliou as restrições nas fronteiras em meio à nova variante, incluindo os EUA. Viajantes entrando no país enfrentarão agora regras mais rigorosas de testes contra a covid-19, além de restrição de entrada de passageiros vindos de alguns países.

No Brasil, os voos vindos de uma série de países da África também estão proibidos no Brasil desde 27 de novembro. Segundo a Portaria Interministerial 660, entram na proibição voos que tenham origem ou passagem pela África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A Ômicron tem três vezes mais mutações do que a Delta, até então a mais preocupante dentre as variantes do coronavírus.

A hipótese inicial é de que a nova variante tende a ser mais transmissível, mas não necessariamente mais letal. Os primeiros relatos dos médicos da África do Sul indicam que o vírus se espalha rapidamente com a nova variante, porém sem grande número de casos graves.

Mas cientistas afirmam que são precisos mais estudos para entender os potenciais riscos da nova cepa.

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