E-mails divulgados de Sarah Palin agitam imprensa dos EUA
Meios de comunicação tiveram acesso à mensagens trocadas por Sarah nos últimos 3 anos em sua conta pessoal do Yahoo!
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2011 às 00h05.
Washington - A divulgação de 24 mil e-mails da republicana Sarah Palin concentrou nesta sexta-feira as atenções da imprensa americana, que se apressou em repercutir as intenções presidenciais mais antecipadas da política, suas opiniões sobre o líder Barack Obama e inclusive as ameaças de morte que recebeu.
Desde o início da manhã, jornalistas e fotógrafos de todos os Estados Unidos se concentravam em frente a um pequeno escritório do Capitólio (Legislativo) do Alasca, na cidade de Juneau, para receber cópias dos e-mails que Palin enviou e recebeu durante parte de seu período como governadora do estado, entre 2006 e 2008.
Alguns jornais, como o "Washington Post" e o "New York Times", mobilizaram grandes equipes de redatores e voluntários que passarão o fim de semana analisando cada uma das mensagens que Palin trocou com seu marido Todd e mais de 50 funcionários públicos.
Estimulados pelos rumores de que Palin pretenda concorrer à Presidência dos EUA em 2012, cada veículo jornalístico pagou US$ 725 para construir sua própria base de dados eletrônica com os e-mails, que enchem seis caixas de 25 quilos cada.
Muitos dos meios pediram acesso à correspondência há quase três anos, quando souberam que a ex-governadora enviava e recebia e-mails relacionados ao cargo em sua conta pessoal no site Yahoo!, e tiveram de esperar um mandato da legislatura e um meticuloso processo de revisão no escritório de Palin.
As primeiras horas de leitura e análise não depararam revelações escandalosas, mas sim abriram uma janela às opiniões da política republicana e seu modo de encarar o cargo de governadora, que decidiu abandonar em julho de 2009.
"Os milhares de e-mails mostram que Sarah Palin era uma governadora muito envolvida. Todo mundo deveria lê-los", disse à revista "Politico" o tesoureiro do escritório de Palin, Tim Crawford.
Além de detalhar a tomada de decisões nos assuntos que mais marcaram seu mandato, como a construção de um gasoduto de quase 3 mil quilômetros, as conversas retratam, por exemplo, a pouca simpatia de Palin com os pedidos da imprensa para que ela publicasse seus assuntos.
"Continuarei consternada pela imprensa e estou agradecida que vocês não façam parte dos estranhos costumes do mundo midiático de hoje em dia", escreveu Palin em um e-mail a membros de sua equipe em setembro de 2008, pouco após lançar sua candidatura à Vice-Presidência, na chapa do republicano John McCain.
As conversas do início desse ano também revelam que Palin cogitava a ideia de participar da chapa de McCain meses antes do anúncio, que surpreendeu todo o país e se apresentou como algo inesperado inclusive para a própria governadora.
Enquanto seus assessores lhe informavam sobre suas chances de entrar na corrida eleitoral, Palin recebia em seu site mensagens de apoio a uma eventual candidatura, que ela mesma se encarregava de reenviar, sem comentários, aos coordenadores do Governo estadual.
Em outro dos e-mails mais citados nesta sexta-feira pela imprensa, datado de 19 de setembro de 2007, o subdiretor legislativo do Governo estadual, Chris Clark, recomendou a Palin que se reunisse, durante uma visita a Washington, com um certo Pete Rouse.
"É o chefe de pessoal de um cara chamado Barack Obama", escreveu Clark, que recebeu como resposta da governadora: "Me parece bem conhecê-lo". A conversa não esclarece se Palin e Clark falavam em tom irônico ou se realmente ignoravam quem era Obama, que tinha se apresentado às eleições primárias do Partido Democrata em fevereiro daquele ano.
Também não faltam ameaças de morte à governadora, como a recebida em seu site em setembro de 2008, que a tachava de racista e afirmava que, se fosse um homem, teria se unido à polêmica organização Ku Klux Klan.
"É membro da NRA (Associação Nacional da Espingarda) para defender o direito de todo cidadão branco do sul de atirar contra todos os que não são brancos! Sarah Palin deve ser assassinada!", escreveu o remetente, Dominique Villacrouz.
Os e-mails, dos quais o escritório de Palin reteve pelo menos 2 mil por motivos de privacidade, geraram centenas de buscas nas bases de dados criadas pela emissora "NBC" e pela agência ProPublica, e mais de 2,5 mil seguidores na conta criada no microblog Twitter pelo "Washington Post" para a ocasião, @PalinEmails.
Mas os leitores podem lamentar a falta daquela que talvez seja a parte mais da lista de correspondências de Palin, que ainda está sendo revisada em seu escritório: a que mostra sua vida como candidata à Vice-Presidência e, sobretudo, como ela reagiu à derrota nas eleições de novembro de 2008.
Washington - A divulgação de 24 mil e-mails da republicana Sarah Palin concentrou nesta sexta-feira as atenções da imprensa americana, que se apressou em repercutir as intenções presidenciais mais antecipadas da política, suas opiniões sobre o líder Barack Obama e inclusive as ameaças de morte que recebeu.
Desde o início da manhã, jornalistas e fotógrafos de todos os Estados Unidos se concentravam em frente a um pequeno escritório do Capitólio (Legislativo) do Alasca, na cidade de Juneau, para receber cópias dos e-mails que Palin enviou e recebeu durante parte de seu período como governadora do estado, entre 2006 e 2008.
Alguns jornais, como o "Washington Post" e o "New York Times", mobilizaram grandes equipes de redatores e voluntários que passarão o fim de semana analisando cada uma das mensagens que Palin trocou com seu marido Todd e mais de 50 funcionários públicos.
Estimulados pelos rumores de que Palin pretenda concorrer à Presidência dos EUA em 2012, cada veículo jornalístico pagou US$ 725 para construir sua própria base de dados eletrônica com os e-mails, que enchem seis caixas de 25 quilos cada.
Muitos dos meios pediram acesso à correspondência há quase três anos, quando souberam que a ex-governadora enviava e recebia e-mails relacionados ao cargo em sua conta pessoal no site Yahoo!, e tiveram de esperar um mandato da legislatura e um meticuloso processo de revisão no escritório de Palin.
As primeiras horas de leitura e análise não depararam revelações escandalosas, mas sim abriram uma janela às opiniões da política republicana e seu modo de encarar o cargo de governadora, que decidiu abandonar em julho de 2009.
"Os milhares de e-mails mostram que Sarah Palin era uma governadora muito envolvida. Todo mundo deveria lê-los", disse à revista "Politico" o tesoureiro do escritório de Palin, Tim Crawford.
Além de detalhar a tomada de decisões nos assuntos que mais marcaram seu mandato, como a construção de um gasoduto de quase 3 mil quilômetros, as conversas retratam, por exemplo, a pouca simpatia de Palin com os pedidos da imprensa para que ela publicasse seus assuntos.
"Continuarei consternada pela imprensa e estou agradecida que vocês não façam parte dos estranhos costumes do mundo midiático de hoje em dia", escreveu Palin em um e-mail a membros de sua equipe em setembro de 2008, pouco após lançar sua candidatura à Vice-Presidência, na chapa do republicano John McCain.
As conversas do início desse ano também revelam que Palin cogitava a ideia de participar da chapa de McCain meses antes do anúncio, que surpreendeu todo o país e se apresentou como algo inesperado inclusive para a própria governadora.
Enquanto seus assessores lhe informavam sobre suas chances de entrar na corrida eleitoral, Palin recebia em seu site mensagens de apoio a uma eventual candidatura, que ela mesma se encarregava de reenviar, sem comentários, aos coordenadores do Governo estadual.
Em outro dos e-mails mais citados nesta sexta-feira pela imprensa, datado de 19 de setembro de 2007, o subdiretor legislativo do Governo estadual, Chris Clark, recomendou a Palin que se reunisse, durante uma visita a Washington, com um certo Pete Rouse.
"É o chefe de pessoal de um cara chamado Barack Obama", escreveu Clark, que recebeu como resposta da governadora: "Me parece bem conhecê-lo". A conversa não esclarece se Palin e Clark falavam em tom irônico ou se realmente ignoravam quem era Obama, que tinha se apresentado às eleições primárias do Partido Democrata em fevereiro daquele ano.
Também não faltam ameaças de morte à governadora, como a recebida em seu site em setembro de 2008, que a tachava de racista e afirmava que, se fosse um homem, teria se unido à polêmica organização Ku Klux Klan.
"É membro da NRA (Associação Nacional da Espingarda) para defender o direito de todo cidadão branco do sul de atirar contra todos os que não são brancos! Sarah Palin deve ser assassinada!", escreveu o remetente, Dominique Villacrouz.
Os e-mails, dos quais o escritório de Palin reteve pelo menos 2 mil por motivos de privacidade, geraram centenas de buscas nas bases de dados criadas pela emissora "NBC" e pela agência ProPublica, e mais de 2,5 mil seguidores na conta criada no microblog Twitter pelo "Washington Post" para a ocasião, @PalinEmails.
Mas os leitores podem lamentar a falta daquela que talvez seja a parte mais da lista de correspondências de Palin, que ainda está sendo revisada em seu escritório: a que mostra sua vida como candidata à Vice-Presidência e, sobretudo, como ela reagiu à derrota nas eleições de novembro de 2008.