Duelo Romney/Santorum é eixo das primárias de terça-feira
"Se as pessoas pensam que o sucesso é um problema, seria melhor votar no outro candidato, já que eu triunfei de maneira extraordinária", disse Romney à rede Fox News
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 13h44.
O duelo entre Mitt Romney e Rick Santorum estará no centro das eleições primárias de terça-feira nos estados de Michigan (norte) e Arizona (sudoeste), etapas decisivas do longo processo de seleção do candidato republicano para as eleições americanas de novembro.
Se Romney perder no Arizona, onde muitos eleitores são, como ele, mórmons, e sobretudo em Michigan, onde ele nasceu e seu pai foi governador, suas chances de se converter em candidato republicano cairão muito.
Santorum, um católico conservador, aparece, por sua vez, há várias semanas como uma solução de troca para os eleitores da ala direita do partido, que veem com reticência o liberal Mitt Romney.
No dia 3 de janeiro, em Iowa (centro), Santorum triunfou na primeira disputa republicana para designar o rival do presidente Barack Obama na eleição de 6 de novembro. Depois venceu em Missouri (centro), Colorado (oeste) e Minnesota (7 de fevereiro), confirmando seu avanço.
Mas após um desempenho medíocre em um debate televisivo nesta semana, suas perspectivas em Michigan não são animadoras. As últimas pesquisas atribuem a ele 34,8% das intenções de voto, dois pontos atrás de Romney, quando na semana passada ele tinha uma vantagem de 10%, segundo o site RealClearPolitics.
No Arizona, Romney está em uma posição mais cômoda, 10 pontos acima de Santorum.
Este último defendeu no domingo em uma entrevista a uma rede de televisão suas posturas conservadoras, declarando-se partidário do "mercado e do capitalismo" e acusando seu principal rival de ser partidário de "um governo forte e estatizante".
O ex-senador da Pensilvânia divulgou no domingo seu programa econômico, baseado principalmente em diminuição de impostos para as empresas.
Nesta semana os dois adversários escolheram a cidade de Detroit (Michigan), berço da indústria automobilística, para debater a economia.
Mas Romney cometeu um erro que fez com que ele voltasse a aparecer como desconectado dos problemas do setor americano afetado pela crise econômica, ao afirmar que sua esposa dirige "dois Cadillac", uma marca de luxo.
"Se as pessoas pensam que o sucesso é um problema, seria melhor votar no outro candidato, já que eu triunfei de maneira extraordinária e quero utilizar minhas realizações para ajudar os americanos", disse Romney à rede Fox News.
"A corrida será longa", advertiu Santorum na ABC.
Santorum insistiu que ter um candidato conservador com fortes valores é a única maneira de vencer Obama em novembro, em um ataque a Romney, que busca convencer os eleitores republicanos sobre suas credenciais conservadoras.
Apesar das preocupações de alguns líderes republicanos sobre o fato de que os pré-candidatos de seu próprio partido vão muito longe em seus discursos de direita com o objetivo de atrair eleitores para as presidenciais de novembro, Santorum defendeu sua posição de conservador religioso, chegando inclusive a atacar o famoso presidente John F. Kennedy, cujo discurso em 1960 exaltou o ideal americano de separar a Igreja do Estado.
"Não acredito nos Estados Unidos no qual a separação do Estado e da Igreja seja absoluta", disse Santorum, antes de afirmar que o discurso de Kennedy provocou vontade de vomitar.
"A ideia de que a Igreja não possa ter nenhuma influência ou participação na gestão do Estado é absolutamente antiética para os objetivos e a visão de nosso país", completou.
O duelo entre Mitt Romney e Rick Santorum estará no centro das eleições primárias de terça-feira nos estados de Michigan (norte) e Arizona (sudoeste), etapas decisivas do longo processo de seleção do candidato republicano para as eleições americanas de novembro.
Se Romney perder no Arizona, onde muitos eleitores são, como ele, mórmons, e sobretudo em Michigan, onde ele nasceu e seu pai foi governador, suas chances de se converter em candidato republicano cairão muito.
Santorum, um católico conservador, aparece, por sua vez, há várias semanas como uma solução de troca para os eleitores da ala direita do partido, que veem com reticência o liberal Mitt Romney.
No dia 3 de janeiro, em Iowa (centro), Santorum triunfou na primeira disputa republicana para designar o rival do presidente Barack Obama na eleição de 6 de novembro. Depois venceu em Missouri (centro), Colorado (oeste) e Minnesota (7 de fevereiro), confirmando seu avanço.
Mas após um desempenho medíocre em um debate televisivo nesta semana, suas perspectivas em Michigan não são animadoras. As últimas pesquisas atribuem a ele 34,8% das intenções de voto, dois pontos atrás de Romney, quando na semana passada ele tinha uma vantagem de 10%, segundo o site RealClearPolitics.
No Arizona, Romney está em uma posição mais cômoda, 10 pontos acima de Santorum.
Este último defendeu no domingo em uma entrevista a uma rede de televisão suas posturas conservadoras, declarando-se partidário do "mercado e do capitalismo" e acusando seu principal rival de ser partidário de "um governo forte e estatizante".
O ex-senador da Pensilvânia divulgou no domingo seu programa econômico, baseado principalmente em diminuição de impostos para as empresas.
Nesta semana os dois adversários escolheram a cidade de Detroit (Michigan), berço da indústria automobilística, para debater a economia.
Mas Romney cometeu um erro que fez com que ele voltasse a aparecer como desconectado dos problemas do setor americano afetado pela crise econômica, ao afirmar que sua esposa dirige "dois Cadillac", uma marca de luxo.
"Se as pessoas pensam que o sucesso é um problema, seria melhor votar no outro candidato, já que eu triunfei de maneira extraordinária e quero utilizar minhas realizações para ajudar os americanos", disse Romney à rede Fox News.
"A corrida será longa", advertiu Santorum na ABC.
Santorum insistiu que ter um candidato conservador com fortes valores é a única maneira de vencer Obama em novembro, em um ataque a Romney, que busca convencer os eleitores republicanos sobre suas credenciais conservadoras.
Apesar das preocupações de alguns líderes republicanos sobre o fato de que os pré-candidatos de seu próprio partido vão muito longe em seus discursos de direita com o objetivo de atrair eleitores para as presidenciais de novembro, Santorum defendeu sua posição de conservador religioso, chegando inclusive a atacar o famoso presidente John F. Kennedy, cujo discurso em 1960 exaltou o ideal americano de separar a Igreja do Estado.
"Não acredito nos Estados Unidos no qual a separação do Estado e da Igreja seja absoluta", disse Santorum, antes de afirmar que o discurso de Kennedy provocou vontade de vomitar.
"A ideia de que a Igreja não possa ter nenhuma influência ou participação na gestão do Estado é absolutamente antiética para os objetivos e a visão de nosso país", completou.