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Doze mortos na avalanche mais violenta do Everest

Ao menos 12 pessoas morrem após uma avalanche no Everest, o acidente foi o mais violento registrado na história

Everest: acidente mais violento já registrado matou ao menos 12 pessoas no monte (Prakash Mathema/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2014 às 08h23.

Pelo menos 12 guias nepaleses morreram nesta sexta-feira em uma avalanche no Everest, o acidente mais violento da história da maior montanha do mundo.

As vítimas integravam um grande grupo de sherpas que saíram durante a manhã com barracas, alimentos e cordas, antes do início da temporada de alpinismo , no fim do mês.

A avalanche aconteceu às 6H45 locais a 5.800 metros de altitude, em uma área que leva à geleira de Khumbu.

"Até agora retiramos 12 corpos da neve. Não sabemos quantos mais se encontram presos", declarou à AFP Dipendra Paudel, funcionário do ministério do Turismo do Nepal, em Katmandu.

Uma equipe de resgate, com o apoio de helicópteros, procura sobreviventes. Sete pessoas que haviam sido cobertas pela neve e gelo foram resgatadas com vida, segundo Paudel.

Um funcionário da equipe oficial de resgate que trabalha no campo base da montanha de 8.848 metros de altura, Lakpa Sherpa, disse à AFP que o número de mortos pode chegar a 14.

"Vi 11 corpos que foram trazidos ao campo base, mas nos informaram que devemos esperar mais três", disse por telefone o integrante da Associação de Resgate no Himalaia.

Elizabeth Hawley, considerada a principal especialista mundial em escaladas no Himalaia, afirmou que esta avalanche é o acidente mais letal da história do alpinismo no Everest.

O acidente mais grave anterior havia acontecido em 1996, quando oito pessoas morreram em um período de dois dias durante uma tempestade enquanto tentavam escalar a montanha.

"Esta é, sem dúvidas, a pior catástrofe no Everest", disse Hawley à AFP.

Perigos para os sherpas

A empresa Himalayan Climbing Guides do Nepal, com sede em Katmandu, confirmou que dois de seus guias estavam entre os mortos e quatro são considerados desaparecidos.

"Quando nossos guias partiram do campo base não nevava, o tempo era fantástico", declarou à AFP o gerente de operações da empresa, Bhim Paudel.

"Dezenas de guias de outras agências cruzaram a passagem sem problemas antes", completou.

"Esperávamos segui-los, não recebemos nenhum alerta", explicou.

A cada verão (hemisfério norte), centenas de alpinistas de todo o mundo tentam escalar as montanhas do Himalaia quando as condições climáticas são favoráveis.

O acidente evidencia os grandes riscos para os guias sherpas, que transportam barracas, alimentos, reparam equipamentos e fixam as cordas para ajudar os alpinistas estrangeiros que pagam dezenas de milhares de dólares para chegar ao topo.

Mais de 300 pessoas morreram no Everest desde a primeira escalada com sucesso, de Edmund Hillary e Tenzing Norgay em 1953.

O pior acidente na história do alpinismo no Nepal aconteceu em 1995, quando uma avalanche atingiu o acampamento de um grupo nipônico, perto do Everest, e matou 42 pessoas incluindo 13 japoneses.

O país pobre do Himalaia tem oito das 14 maiores montanhas do mundo, com mais de 8.000 metros.

O governo do Nepal concedeu licenças a 734 pessoas, incluindo 400 guias, para escalar o Everest este verão.

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Pelo menos 12 guias nepaleses morreram nesta sexta-feira em uma avalanche no Everest, o acidente mais violento da história da maior montanha do mundo.

As vítimas integravam um grande grupo de sherpas que saíram durante a manhã com barracas, alimentos e cordas, antes do início da temporada de alpinismo , no fim do mês.

A avalanche aconteceu às 6H45 locais a 5.800 metros de altitude, em uma área que leva à geleira de Khumbu.

"Até agora retiramos 12 corpos da neve. Não sabemos quantos mais se encontram presos", declarou à AFP Dipendra Paudel, funcionário do ministério do Turismo do Nepal, em Katmandu.

Uma equipe de resgate, com o apoio de helicópteros, procura sobreviventes. Sete pessoas que haviam sido cobertas pela neve e gelo foram resgatadas com vida, segundo Paudel.

Um funcionário da equipe oficial de resgate que trabalha no campo base da montanha de 8.848 metros de altura, Lakpa Sherpa, disse à AFP que o número de mortos pode chegar a 14.

"Vi 11 corpos que foram trazidos ao campo base, mas nos informaram que devemos esperar mais três", disse por telefone o integrante da Associação de Resgate no Himalaia.

Elizabeth Hawley, considerada a principal especialista mundial em escaladas no Himalaia, afirmou que esta avalanche é o acidente mais letal da história do alpinismo no Everest.

O acidente mais grave anterior havia acontecido em 1996, quando oito pessoas morreram em um período de dois dias durante uma tempestade enquanto tentavam escalar a montanha.

"Esta é, sem dúvidas, a pior catástrofe no Everest", disse Hawley à AFP.

Perigos para os sherpas

A empresa Himalayan Climbing Guides do Nepal, com sede em Katmandu, confirmou que dois de seus guias estavam entre os mortos e quatro são considerados desaparecidos.

"Quando nossos guias partiram do campo base não nevava, o tempo era fantástico", declarou à AFP o gerente de operações da empresa, Bhim Paudel.

"Dezenas de guias de outras agências cruzaram a passagem sem problemas antes", completou.

"Esperávamos segui-los, não recebemos nenhum alerta", explicou.

A cada verão (hemisfério norte), centenas de alpinistas de todo o mundo tentam escalar as montanhas do Himalaia quando as condições climáticas são favoráveis.

O acidente evidencia os grandes riscos para os guias sherpas, que transportam barracas, alimentos, reparam equipamentos e fixam as cordas para ajudar os alpinistas estrangeiros que pagam dezenas de milhares de dólares para chegar ao topo.

Mais de 300 pessoas morreram no Everest desde a primeira escalada com sucesso, de Edmund Hillary e Tenzing Norgay em 1953.

O pior acidente na história do alpinismo no Nepal aconteceu em 1995, quando uma avalanche atingiu o acampamento de um grupo nipônico, perto do Everest, e matou 42 pessoas incluindo 13 japoneses.

O país pobre do Himalaia tem oito das 14 maiores montanhas do mundo, com mais de 8.000 metros.

O governo do Nepal concedeu licenças a 734 pessoas, incluindo 400 guias, para escalar o Everest este verão.

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