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Dólar tem reação pontual ao fluxo da 1ª semana do mês

A trajetória para a moeda no dia continua a ser de alta, em razão das preocupações que voltam a rondar o Brasil

Dólar: moeda, que na máxima da sessão chegou a bater em R$ 2,4130, diminuiu um pouco o ritmo e operava com alta de 0,08% por volta de 13h25, a R$ 2,4050 (Scott Eells)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 14h13.

São Paulo - O fluxo cambial positivo em US$ 46 milhões na primeira semana de fevereiro contribuiu para arrefecer pontualmente a alta da cotação do dólar no mercado de balcão , exibida praticamente durante todo o pregão até o início da tarde desta quarta-feira, 12.

O Banco Central informou que o resultado da conta cambial decorreu de entradas financeiras de US$ 1,467 bilhão menos saldo comercial negativo em US$ 1,421 bilhão.

Assim, a moeda, que na máxima da sessão chegou a bater em R$ 2,4130, diminuiu um pouco o ritmo e operava com alta de 0,08% por volta de 13h25, a R$ 2,4050. Pouco depois de o fluxo ser conhecido, chegou a retomar a mínima vista mais cedo, a R$ 2,4030, estável.

A trajetória para a moeda no dia continua a ser de alta, em razão das preocupações que voltam a rondar o Brasil. Além de a inflação poder ser inflada pela falta de chuvas que prejudica o sistema de abastecimento de água e energia, o país também ganhou os holofotes após o Federal Reserve divulgar relatório colocando-o entre os emergentes mais frágeis à retirada de estímulos dos EUA.

E, falando nisso, em sua primeira aparição após ter assumido o Fed, Janet Yellen confirmou que o ritmo de retirada dos estímulos à economia deve continuar, o que também dá mais força à moeda norte-americana.

Hoje, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, disse que os EUA devem crescer 3% este ano e frisou que, se a inflação não se aproximar do nível de 2%, o Fed terá que agir.

As taxas de juros no Brasil também acompanham essa trajetória de alta da moeda norte-americana, diante da perspectiva de que a 'seca' em pleno verão pressione os preços, tanto de alimentos como da energia elétrica.

Analistas consultados pelo Broadcast avaliaram que o impacto de um possível reajuste médio de 4,6% nas tarifas de energia, neste ano, no IPCA pode aproximar ainda mais a inflação oficial do teto do regime de metas (6,5%). Caso o repasse chegue ao consumidor, o IPCA de 2014 seria até 0,13 ponto porcentual mais elevado. Vale destacar, porém, que o Tesouro pode absorver a conta.

No mercado acionário, a Bovespa acompanha o mercado externo com uma certa distância, já que, há pouco, o Dow Jones virou para o vermelho e caía 0,07%, na mínima, enquanto, aqui, o Ibovespa recuava 0,29%.

As declarações de Bullard haviam estimulado compras em Wall Street até essa inversão do Dow - o S&P 500, no entanto, subia 0,09% às 13h21 e o Nasdaq, 0,27% -, enquanto, na Bovespa, o exercício de Ibovespa futuro e opções sobre Ibovespa dá um ar mais técnico aos negócios nesta tarde, já que os ajustes ocorrem no final do dia.

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São Paulo - O fluxo cambial positivo em US$ 46 milhões na primeira semana de fevereiro contribuiu para arrefecer pontualmente a alta da cotação do dólar no mercado de balcão , exibida praticamente durante todo o pregão até o início da tarde desta quarta-feira, 12.

O Banco Central informou que o resultado da conta cambial decorreu de entradas financeiras de US$ 1,467 bilhão menos saldo comercial negativo em US$ 1,421 bilhão.

Assim, a moeda, que na máxima da sessão chegou a bater em R$ 2,4130, diminuiu um pouco o ritmo e operava com alta de 0,08% por volta de 13h25, a R$ 2,4050. Pouco depois de o fluxo ser conhecido, chegou a retomar a mínima vista mais cedo, a R$ 2,4030, estável.

A trajetória para a moeda no dia continua a ser de alta, em razão das preocupações que voltam a rondar o Brasil. Além de a inflação poder ser inflada pela falta de chuvas que prejudica o sistema de abastecimento de água e energia, o país também ganhou os holofotes após o Federal Reserve divulgar relatório colocando-o entre os emergentes mais frágeis à retirada de estímulos dos EUA.

E, falando nisso, em sua primeira aparição após ter assumido o Fed, Janet Yellen confirmou que o ritmo de retirada dos estímulos à economia deve continuar, o que também dá mais força à moeda norte-americana.

Hoje, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, disse que os EUA devem crescer 3% este ano e frisou que, se a inflação não se aproximar do nível de 2%, o Fed terá que agir.

As taxas de juros no Brasil também acompanham essa trajetória de alta da moeda norte-americana, diante da perspectiva de que a 'seca' em pleno verão pressione os preços, tanto de alimentos como da energia elétrica.

Analistas consultados pelo Broadcast avaliaram que o impacto de um possível reajuste médio de 4,6% nas tarifas de energia, neste ano, no IPCA pode aproximar ainda mais a inflação oficial do teto do regime de metas (6,5%). Caso o repasse chegue ao consumidor, o IPCA de 2014 seria até 0,13 ponto porcentual mais elevado. Vale destacar, porém, que o Tesouro pode absorver a conta.

No mercado acionário, a Bovespa acompanha o mercado externo com uma certa distância, já que, há pouco, o Dow Jones virou para o vermelho e caía 0,07%, na mínima, enquanto, aqui, o Ibovespa recuava 0,29%.

As declarações de Bullard haviam estimulado compras em Wall Street até essa inversão do Dow - o S&P 500, no entanto, subia 0,09% às 13h21 e o Nasdaq, 0,27% -, enquanto, na Bovespa, o exercício de Ibovespa futuro e opções sobre Ibovespa dá um ar mais técnico aos negócios nesta tarde, já que os ajustes ocorrem no final do dia.

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